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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Carlos Praude

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 20.02.2024
22.02.1963 Brasil / Distrito Federal / Brasília
Registro fotográfico Sérgio Guerini/Itaú Cultural

Imaginário Espacial, 2005
Carlos Praude

Carlos Correa Praude (Brasília, Distrito Federal, 1963), pesquisador, professor e teórico de artes visuais e eletrônica. Tem experiência no desenvolvimento de sistemas de informação para dispositivos em artes visuais e cênicas. Em 1985, gradua-se em tecnologia em processamento de dados na Universidade Católica de Brasília (UCB). Nos anos seguint...

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Carlos Correa Praude (Brasília, Distrito Federal, 1963), pesquisador, professor e teórico de artes visuais e eletrônica. Tem experiência no desenvolvimento de sistemas de informação para dispositivos em artes visuais e cênicas. Em 1985, gradua-se em tecnologia em processamento de dados na Universidade Católica de Brasília (UCB). Nos anos seguintes, presta serviços de consultoria para construção de softwares. Em 2001, em São Paulo, conclui a pós-graduação em qualidade no desenvolvimento de software, pela Faculdade Senac de Ciências Exatas e Tecnologia. 

A partir de 2005, inicia trajetória nas artes visuais e participa da exposição coletiva Cinético_digital, realizada pelo Itaú Cultural, em São Paulo. No mesmo ano, cursa linguagem e mídias eletrônicas na Universidade de Brasília (UnB). Nas pesquisas em arte, Praude estabelece vínculos entre composição imagética e animação sistematizada. Fruto dessa investigação é a obra Imaginário Espacial, que participa do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) de 2006, em São Paulo. No mesmo ano, o trabalho Quadro Sonoro é selecionado para o prêmio Rumos Itaú Cultural, na área de arte e tecnologia. A obra é uma instalação interativa que, usando as propriedades da cor, elabora e apresenta desenhos sonoros.

Em 2007, participa da exposição Arte Computacional e Pesquisa, que faz parte do 6o Encontro Nacional de Arte e Tecnologia (#6.ART), realizado na Universidade de Brasília. No mesmo ano, vence o 7o Prêmio Sergio Motta, na categoria Bolsa Fomento, com a obra Híbridos, instalação interativa que captura sons, imagens e gestos do usuário, traduzindo-os em composições sonoras. Novamente, questões entre a cor e os cálculos de frequência e de tempo de duração do som são organizados para possibilitar a manipulação do desenho no espaço. Em 2009, participa da exposição coletiva Capital Digital: Arte, Ciência e Tecnologia, realizada em João Pessoa, Paraíba.

Em 2010, Praude torna-se mestre em arte computacional e experiência estética, pela Universidade de Brasília. No mesmo ano, participa do 4o Mobilefest – Festival Internacional de Criatividade Móvel, realizado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo (MIS/SP) –, com a obra  BlueNote. Em 2015, torna-se doutor em arte contemporânea pela UnB, com tese sobre a arte computacional e a teoria ator-rede.

Análise

 

Carlos Praude realiza pesquisas em teoria da sistematização de informações e experiência estética e desenvolve trabalhos em linguagens como instalação, performance e audiovisual. O professor e pesquisador traz, em sua trajetória prático-teórica, o desenvolvimento de sistemas híbridos como modo de representação do espaço, da cor, do som e das imagens criadas pelo do cruzamento de informações. A obra Quadro Sonoro, selecionada em 2006 pelo Prêmio Rumos Itaú Cultural, é um exemplo desses sistemas híbridos, uma vez que cria, de maneira interativa, desenhos sonoros. As propriedades de cor e a área de cada desenho são os elementos que servem de parâmetro para os cálculos de amplitude, frequência e duração do som emitido na instalação. 

Nessa mesma linha, Carlos propõe, como mestrado, pesquisa sobre arte computacional e experiência estética. Tal estudo possibilita que arte e filosofia ganhem importância em seus trabalhos posteriores, para além das plataformas de informações sobre sistemas e softwares. Ao estabelecer vínculos com a narrativa de teóricos das novas mídias artísticas, Praude investiga a confluência dos processos criativos com o fazer artístico, por meio da programação de computadores. 

Com base na visão poética de filósofos como o francês Gaston Bachelard (1884-1962), Carlos Praude cria eixos de pesquisa que conectam o espaço onírico da imaginação a uma instalação interativa. Dentro desse universo que pretende reconfigurar informações, cria a instalação BlueNote, apresentada no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo (MIS/SP). Nela, propõe que o público compartilhe, via bluetooth, uma quantidade imensa de informações, captadas pela rede sem fio. As informações e os aparelhos encontrados têm os nomes e códigos de identificação transformados em sete diferentes notas musicais. Essas notas, por sua vez, acendem lâmpadas LED e incandescentes, distribuídas homogeneamente em um espaço circular. Ao executar um som, as notas musicais propiciam que o público veja a imagem geométrica criada a partir de informações presentes no espaço expositivo.

Obras 1

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Exposições 5

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Fontes de pesquisa 7

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