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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Samuel Rawet

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.11.2019
23.07.1929
25.08.1984 Brasil / Distrito Federal / Brasília
Samuel Urys Rawet (Klimontow, Polônia 1929 - Brasília. Distrito Federal, 1984). Contista, romancista, dramaturgo e ensaísta. Judeu alfabetizado em iídiche (língua indo-européia falada pelos judeus alemães), imigra com a família para o Brasil, em 1936, fugindo das perseguições nazistas. Instalam-se no subúrbio do Rio de Janeiro, em Vila Leopoldin...

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Biografia

Samuel Urys Rawet (Klimontow, Polônia 1929 - Brasília. Distrito Federal, 1984). Contista, romancista, dramaturgo e ensaísta. Judeu alfabetizado em iídiche (língua indo-européia falada pelos judeus alemães), imigra com a família para o Brasil, em 1936, fugindo das perseguições nazistas. Instalam-se no subúrbio do Rio de Janeiro, em Vila Leopoldina, onde conclui o curso primário. Cursa o científico no Colégio Brasileiro de São Cristóvão. Entre 1949 e 1951, participa das reuniões do grupo Café da Manhã, cuja coordenação é da escritora Dinah Silveira de Queiroz (1911 - 1982), com os escritores Fausto Cunha (1923 - 2004) e Renard Perez (1928), entre outros. Nesse período, começa sua colaboração na Revista Branca, editada por Saldanha Coelho (1926). Forma-se engenheiro de cálculo de concreto armado em 1953, na Escola Nacional de Engenharia, na antiga Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Sua primeira peça de teatro, Os Amantes, é encenada em 1957 no Rio de Janeiro. Trabalha na Cia. Urbanizadora da Nova Capital, Novacap, na equipe dos arquitetos Oscar Niemeyer (1907 - 2012) e Lucio Costa (1902 - 1998), e do poeta e engenheiro civil Joaquim Cardozo (1897 - 1978), na construção da cidade de Brasília. Nessa empreitada, faz sozinho os cálculos para a edificação do prédio do Congresso Nacional. Em 1964, viaja para Israel, e colabora no projeto de construção da Universidade de Haifa, outra vez ao lado de Niemeyer, mas abandona o trabalho ainda em curso e parte para a França. No Brasil, torna-se membro da Associação Nacional de Escritores, ANE, em 1965. O repúdio à condição martirizada dos judeus e a própria situação de imigrante exilado são temas centrais de sua obra e apresentam-se, em diversos momentos, por meio de uma relação conturbada de revolta e amargura com o judaísmo, com o qual rompe em definitivo em 1977.

Espetáculos 2

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Fontes de pesquisa 6

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  • ATAÍDE, Vicente. A narrativa de Samuel Rawet. In: ______. A narrativa de ficção. Curitiba: Editora dos Professores, 1972.
  • BAZZO, Ezio Flavio. Rapsódia a Samuel Rawet. Brasília: Anti-Editor Publicadora, 1997.
  • GUERINI, Elaine. Nicette Bruno & Paulo Goulart: tudo em família. São Paulo: Cultura - Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. 256 p. (Aplauso Perfil). 792.092 G932n
  • KIRSCHBAUM, S. (Org.). Dez Ensaios sobre Samuel Rawet. Brasília: LGE, 2007.
  • KLIDZIO, Natalia. Itinerário urbano na vida e obra de Samuel Rawet. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2010.
  • VIEIRA, Nelson. Ser judeu e escritor - três casos brasileiros: Samuel Rawet, Clarice Lispector, Moacyr Scliar. Rio de Janeiro: Centro Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos: Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1990.

Como citar

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