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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Jorginho de Carvalho

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 07.11.2014
02.08.1946 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Registro fotográfico autoria desconhecida

Jorginho de Carvalho
Jorginho de Carvalho
Acervo Cedoc/FUNARTE

Jorge Carvalho Moreira (Rio de Janeiro RJ 1946). Iluminador e diretor. É o pioneiro da iluminação moderna no Brasil, função que ganha autonomia e inclusão nas fichas técnicas a partir de seu trabalho como iluminador.

Texto

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Biografia

Jorge Carvalho Moreira (Rio de Janeiro RJ 1946). Iluminador e diretor. É o pioneiro da iluminação moderna no Brasil, função que ganha autonomia e inclusão nas fichas técnicas a partir de seu trabalho como iluminador.

Faz sua iniciação teatral em 1964, n'O Tablado, onde, depois de se encarregar da montagem de luz de alguns espetáculos, assina sua primeira iluminação autônoma para Androcles e o Leão, de Bernard Shaw, direção de Roberto de Cleto, em 1966. No ano seguinte, faz a primeira iluminação profissional para O Assassinato da Irmã Geórgia, de F. Marcus, direção de Maurice Vaneau. Desde então, concebe desenhos de iluminação, principalmente para espetáculos que marcam a história do teatro brasileiro nos anos 70, como Cemitério de Auntomóveis, de Fernando Arrabal, direção do franco-argentino Victor Garcia, numa produção do Teatro Ruth Escobar, 1970; Gracias, Señor, criação coletiva do Teatro Oficina, direção de José Celso Martinez Corrêa, 1972; Missa Leiga, de Chico de Assis, direção de Ademar Guerra, 1972; A Gaivota, de Anton Tchekhov, direção de Jorge Lavelli, pela Companhia Tereza Rachel, 1974; Pano de Boca, de Fauzi Arap, direção de Antônio Pedro, 1975; Trate-Me Leão, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, direção de Hamilton Vaz Pereira, 1977; Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, direção de José Renato, 1979.

Na década de 80 ilumina Ensina-me a Viver, de C. Higgins, com direção de Domingos Oliveira, 1981; Besame Mucho, de Mario Prata, direção de Aderbal Freire Filho, 1983; Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, direção de Paulo Mamede, 1987; e Martim Cererê, de Cassiano Ricardo, direção de Marcos Fayad, 1988. Faz luz também, em montagens de ópera, entre as quais a polêmica Traviata dirigida por Sergio Britto, 1974; além de shows e desfiles de moda. Cria projetos para instalação de equipamentos de luz para teatros. Estuda no Rio de Janeiro em 1977, com o especialista norte-americano Edward Kock, e faz estágios na Europa entre 1981 e 1982. A partir da década de 80, ministra cursos, profere palestras pelo país e leciona iluminação no Curso de Teatro da Uni-Rio, desde 1985. Forma novos iluminadores que são iniciados na profissão como seus assistentes, time reduzido e privilegiado de profissionais cariocas de teatro.

Em 1978 começa a dirigir espetáculos. O primeiro é para crianças, O Leiteiro e a Menina Noite, de João das Neves. Em 1984, dirige Porcos com Asas, de Marco Lombardo Radice e Lidia Ravera, que durante dois anos realiza turnês pelo país. Surge o grupo Lanavevá, do qual é o diretor. Em 1986, o Lanavevá produz uma criação coletiva Estranhos São os Outros. Em 1987, funde os dois espetáculos sob o título Estranhos Porcos com Asas.

Como iluminador, é premiado em 1977 com o Molière e o Troféu Mambembe pelo conjunto de trabalhos - A Chave das Minas, de José Vicente, com direção de Ivan de Albuquerque, para o Teatro Ipanema; e Trate-me Leão, do Asdrúbal Trouxe o Trombone -. Em 1978, leva mais uma vez o Mambembe, pelo conjunto de trabalhos no teatro infantil; e, em 1980, ganha o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA, e Mambembe pelos conjunto de trabalhos com Aquela Coisa Toda, novamente do Asdrúbal, e Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, dirigido por José Renato.

Segundo o crítico Yan Michalski: "Jorginho de Carvalho é o indiscutível pioneiro da iluminação moderna no Brasil. Antes dele, a função era exercida pelos encenadores, como uma decorrência subsidiária da concepção geral do espetáculo. Ao impor a sua autonomia, embora não desvinculada dessa concepção geral, ele engrandeceu o papel da luz na encenação; e, com a sua extrema criatividade e capacidade de traduzir sutilmente em climas luminosos sugestões extraídas do texto, enriqueceu substancialmente a linguagem cênica do teatro nacional. Na trilha por ele aberta, toda uma geração de iluminadores passou, em pouco tempo, a criar e ocupar espaços profissionais antes inexistentes [Maneco Quinderé, Aurélio de Simoni, Luiz Paulo Nenen e Paulo César Medeiros]. E a importância da sua contribuição foi reconhecida pela concessão de importantes prêmios - Molière, Mambembe - que ele foi o primeiro a ganhar por trabalhos de iluminação".1

Notas

1. MICHALSKI, Yan. Jorginho de Carvalho. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.

Obras 1

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Espetáculos 109

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Espetáculos de dança 1

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  • 22/5/2015 - 24/5/2015

Fontes de pesquisa 11

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  • ANUÁRIO de teatro 1994. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1996. R792.0981 A636t 1994
  • Catálogo de 15 anos de Ponto de Partida - 1995. Não catalogado
  • EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011. Não catalogado
  • FERNANDES, Sílvia. Grupos teatrais: aqnos 70. Campinas: Unicamp, 2000.
  • MICHALSKI, Yan. Jorginho de Carvalho. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.
  • MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão: uma frente de resistência. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
  • O Baile. [Rio de Janeiro]: Companhia do Gesto, [1993]. Programa do Espetáculo. Não catalogado
  • Programa do Espetáculo - Rasga Coração - 1980. Não catalogado
  • Programa do Espetáculo- Ensina-me A Viver - 1981. Não catalogado
  • Programa do espetáculo - Educação Sentimental de Um Vampiro, 2007. Não catalogado
  • TRATE-ME Leão. Programa do espetáculo. Rio de Janeiro, 1970.

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