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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Rita Wainer

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 18.10.2024
1978 Brasil / São Paulo / São Paulo
Rita Wainer (São Paulo, São Paulo, 1978). Artista, muralista, ilustradora, estilista. Temas ligados ao feminismo são a tônica dos trabalhos de Wainer, tanto em murais em grande escala, quanto em outros suportes. Com o uso de cores vibrantes, nanquim, aquarela e tinta acrílica, Wainer compõe suas obras valendo-se de temas variados, como o empoder...

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Rita Wainer (São Paulo, São Paulo, 1978). Artista, muralista, ilustradora, estilista. Temas ligados ao feminismo são a tônica dos trabalhos de Wainer, tanto em murais em grande escala, quanto em outros suportes. Com o uso de cores vibrantes, nanquim, aquarela e tinta acrílica, Wainer compõe suas obras valendo-se de temas variados, como o empoderamento da mulher, a ocupação do espaço público, o feminismo, a delicadeza, o romance e a melancolia.

Desenha desde criança por influência de sua mãe, a também artista Pinky Wainer (1954). Trabalha com moda por dez anos com sua marca autoral Theodora. Nesse ramo, participa de importantes eventos da área, como o Fashion Rio e o Fashion Week. Em suas coleções, mistura ilustração e estamparia, políticas pessoais, religiosas e amorosas, usando a moda como mídia.

Decide migrar para as artes visuais focando em seu trabalho como artista, muralista e ilustradora e fazendo suas composições em diferentes suportes, como telas, paredes, empenas, tijolos e pratos, não limitando a criatividade para transbordar seus sentimentos. Uma das marcas do trabalho da artista é a composição de desenhos delicados e melancólicos com frases que funcionam como um recado para o público que as lê. É recorrente a presença de mulheres em suas obras, com cabelos longos e pretos, semblantes melancólicos, acompanhadas de corações vermelhos, aludindo a temas românticos.

Wainer tem importantes trabalhos como muralista. Um exemplo emblemático é o mural A cidade é nossa / Baixo Augusta (2017), em São Paulo, na região central. Esse trabalho tem como protagonista uma mulher no centro com o punho direito levantado e prédios coloridos ao fundo. A figura feminina está acima de uma bandeira da cidade paulista sem cor e rodeada por estrelas, tubarões e um sol amarelo em um fundo azul claro. A relação com a malha urbana está presente em suas empenas, que estimulam o empoderamento das mulheres para ocuparem as ruas. Wainer reforça que, por ser mulher, são esses os temas que lhe interessam para compor suas obras, então vale-se das questões que a tocam pessoalmente para transformá-las em arte.

A palavra escrita, as metáforas e a poesia são características das obras de Wainer. A frase Tu em tudo / Eu em você / Então eu transbordo, presente no mural (2018), pintado no Complexo da Maré  no Rio de Janeiro, e a obra Sua luta / Nossa luta / Marielle gigante (2018), em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco assassinada em um atentado, são modos de como Rita Wainer mescla arte e política trazendo acontecimentos cotidianos para seus trabalhos, posicionando-se, dessa forma, em discussões ligadas à luta das mulheres.

Questões feministas são outra particularidade de suas obras. Temas como empoderamento feminino e a força da mulher na contemporaneidade são a tônica de seus trabalhos. A tela Eu que lute (2020) apresenta uma mulher de corpo inteiro usando um maiô preto com um pano bege na cabeça e luvas de box na cor rosa. O fundo é cinza e a expressão da mulher é de determinação. A frase, recorrente em páginas na internet, evidencia que Wainer busca no cotidiano elementos e sentimentos para compor seus trabalhos.

O tema da saudade e do amor aparecem com frequência, como em Ensaio sobre a saudade (2017). Realizado por meio de parceria com a companhia aérea Air France-KLM, Wainer pinta, nas cidades de Paris, La Seyne-sur-Mer e Toulon, na França, murais tematizando a saudade que sentimos de lugares e pessoas. Os murais resultaram em um livro homônimo ao projeto (2017). O amor também é recorrente em sua produção artística, trazendo delicadeza, melancolia e sentimentos para dentro dos trabalhos, como Amor infinito (2020), uma obra em acrílica sobre madeira redonda com um coração vermelho desenhado ao centro e a frase amor infinito como uma bandeira que o atravessa.

Atua de maneira independente no sistema das artes, vendendo suas obras diretamente aos consumidores por meio de sua página nas redes sociais. Em 2017, participa de colaborações com marcas de roupas, como a Cantão, grife carioca, em que Wainer desenha uma coleção unindo arte e moda em roupas, brincos e mochilas. Como resultado dessa parceria, Rita Wainer pinta um mural na fachada do bar Astor, no Rio de Janeiro, retratando três deusas, sendo elas as deusas da liberdade, da intuição e da coragem.

Participa de exposições, como a individual Os lugares aonde nunca estive e as pessoas que não conheço (2008) e a coletiva Muitas (2018), ambas em São Paulo. Em 2021, estreia no cinema no filme A viagem de Pedro,  dirigido por Laís Bodanzky (1969) sobre a vida de Dom Pedro I (1798-1834), em que Rita Wainer interpreta Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867).

Wainer imprime em seu trabalho, independente do suporte, a força feminina, o empoderamento das mulheres, a delicadeza e a melancolia. Tem preferência por transitar em temáticas relacionadas ao feminino, evidenciando a força da mulher.

Espetáculos 1

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Exposições 1

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  • 19/4/2005 - 14/5/2005

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