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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Gustavo Doria

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.07.2024
1910 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
11.12.1979 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Gustavo Alberto Accioli Dória (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1910 - idem 1979). Crítico, escritor, professor, tradutor. Participa da criação de Os Comediantes e do Teatro de Câmara. Crítico e historiador representativo da cena carioca nos anos 50.

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Gustavo Alberto Accioli Dória (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1910 - idem 1979). Crítico, escritor, professor, tradutor. Participa da criação de Os Comediantes e do Teatro de Câmara. Crítico e historiador representativo da cena carioca nos anos 50.

Forma-se no Rio de Janeiro, na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Um dos fundadores de Os Comediantes, em 1938, Dória cria os figurinos do espetáculo de estréia, A Verdade de Cada Um, de Luigi Pirandello, com direção de Adacto Filho, em 1940. Em 1948, funda, com Agostinho Olavo e Lucio Cardoso, um outro conjunto, de significativa embora curta trajetória, o Teatro de Câmara.

Em meados dos anos 40, inicia carreira de crítico na Folha Carioca. Na década de 50, passa a assinar a coluna de teatro de O Globo, na qual escreve até início dos anos 60 sobre os espetáculos marcantes da história do período. Transfere-se, em 1960, para O Mundo Ilustrado. Funda, em 1958, juntamente com outros críticos cariocas, o Círculo Independente de Críticos Teatrais, CICT, organização que marca época através de firmes tomadas de posição e diversificadas promoções culturais.

Paralelamente a essas atividades, Gustavo Dória exerce a função de docente na Escola de Teatro Martins Pena e no Conservatório Nacional de Teatro (atual Centro de Artes da Uni-Rio), em que assume também a função de diretor, lecionando sobre história do espetáculo.

É autor de originais de rádio-teatro, tradutor de peças de língua inglesa e francesa e adaptador de obras literárias para teatro, como Helena, de Machado de Assis (1839 - 1908), cuja montagem se converte em um dos espetáculos de sucesso da companhia de Eva Todor, em 1949. Na Rede Tupi, trabalha como diretor e redator.

Em 1975, publica, pelo Serviço Nacional de Teatro, SNT, pesquisas e observações pessoais sobre o teatro que assistiu em Moderno Teatro Brasileiro - Crônica de Suas Raízes, que permanece durante vários anos uma das poucas referências para o estudo do teatro nacional do período. Para o crítico Sábato Magaldi, "nenhum antes dele estudou de forma tão ampla e objetiva alguns movimentos fundamentais do nosso teatro".1

Faz parte da comissão designada para elaborar a regulamentação da Lei que reconhece o exercício da profissão de ator, em 1978. Atua também em várias delegações de instituições como a Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, e das Organizações Não Governamentais da ONU, no Brasil, da Delegação Brasileira do Instituto Nacional de Teatro e da 1ª Conferência Nacional de Teatro e Juventude, ambos ligados à Unesco.

O crítico Yan Michalski o considera "uma testemunha particularmente bem-informada e um participante apaixonado de uma etapa importante do nosso desenvolvimento teatral".2

Notas

1. MAGALDI, Sábato. Citado por Gustavo Dória, Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Assuntos Culturais, Serviço Nacional de Teatro, Rio de Janeiro, 12 dez. 1979.

2. MICHALSKI, Yan. Teatro perdeu Gustavo Dória. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 17 dez. 1979.

Espetáculos 9

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Fontes de pesquisa 1

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  • DÓRIA, Gustavo. Rio de Janeiro: Funarte / Cedoc. Dossiê Personalidades Artes Cênicas.

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