Biza Vianna
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Biografia
Biza Vianna (Rio de Janeiro RJ). Figurinista. Vinda da área de moda, Biza Vianna procura unir em seus figurinos elegância e sentido de modernidade.
Sua estréia em teatro se dá em Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, direção de Jonas Bloch, em 1981. Seus próximos trabalhos são sob a direção de Carlos Wilson: Nossa Cidade, de Thornton Wilder, e A Barca do Inferno, de Gil Vicente, ambos em 1984. Seguem-se Pedra, a Tragédia, de Mauro Rasi, Miguel Falabella e Vicente Pereira, 1986 - cujo visual, segundo o crítico Flávio Marinho, fica "apoiado apenas nos deliciosos figurinos de Biza Vianna"1 - e A Mulher Carioca aos 22 Anos, de João de Minas, direção de Aderbal Freire Filho, em 1989.
Em 1991, faz O Tiro Que Mudou a História, de Aderbal Freire Filho e Carlos Eduardo Novaes, novamente dirigido por Aderbal Freire Filho. Em 1993, cria os figurinos de Entre Amigas, de Maria Duda, encenação de Cecil Thiré, e dirige, ela própria, A Balada de um Palhaço, de Plínio Marcos. Em 1994, assina os figurinos de A Tragédia de Otelo, de William Shakespeare, Ay Carmela, de José Sanchis Sinisterra, e Terceiro Sinal, de Jonas Bloch. Em Amores, de Domingos Oliveira e Priscilla Rozenbaum, 1996, a figurinista trabalha com a neutralidade dos tons pastéis, enquanto que em Noite de Reis, de William Shakespeare, 1997, segue a vivacidade da encenação de Amir Haddad com coloridos marcantes. Em 1999, no espetáculo de Luiz Arthur Nunes, O Momento de Mariana Martins, de Leilah Assumpção, evita a estilização e investe num realismo luxuoso. Em 1998, faz Que Mistérios Tem Clarice, teatralização de textos de Clarice Lispector (1925 - 1977), mais uma direção de Luiz Arthur Nunes. Em 1999, veste o elenco comandado por Eduardo Wotzik, em Um Equilíbrio Delicado, de Edward Albee, com "uma elegância talvez pouco além das exigências de correspondência com a realidade",2 segundo o crítico Macksen Luiz. No mesmo ano, concebe os figurinos de O Século do Progresso, de Antonio De Bonis. Em 2000, assina Jornada de um Poema, de Margaret Edson, com direção de Diogo Vilela. Em 2001, na concepção de Marcus Alvisi, seus figurinos para Tudo no Escuro, de Peter Shaffer, "vestem com propriedade e algum sentido de humor os personagens",3 segundo o crítico do Jornal do Brasil.
Notas
1. MARINHO, Flávio. O supra-sumo do besteirol, quase nos limites do teatro do absurdo. O Globo, Rio de Janeiro, 17 mar. 1986.
2. LUIZ, Macksen. Papéis ricos por um elenco de alto nível. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 jan. 1999.
3. LUIZ, Macksen. Desencontros e correrias que divertem. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 18 jan. 2001.
Espetáculos 51
Fontes de pesquisa 7
- EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011. Não catalogado
- LUIZ, Macksen. No universo de Leilah Assumpção. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 jul. 1999.
- LUIZ, Macksen. Papéis ricos por um elenco de alto nível. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 jan. 1999.
- MARINHO, Flávio. O supra-sumo do besteirol, quase nos limites do teatro do absurdo. O Globo, Rio de Janeiro, 17 mar. 1986.
- O Baile. [Rio de Janeiro]: Companhia do Gesto, [1993]. Programa do Espetáculo. Não catalogado
- Programa do Espetáculo - A Morta - 1992. Não Catalogado
- Programa do Espetáculo: WIT - Jornada de um Poema - 2000. Não catalogado
Como citar
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BIZA Vianna.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa359327/biza-vianna. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7