Tadeu Burgos
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Biografia
Rodolfo Tadeu Baumann Burgos (Rio de Janeiro RJ 1961 - idem 1994). Cenógrafo e figurinista. Forma-se, em 1982, em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ; e em belas artes pela UFRJ, e em cenografia pela Universidade do Rio de Janeiro, Uni-Rio, ambas em 1985. Inicia a carreira em teatro como cenógrafo e figurinista de Coriolano, de William Shakespeare, e de Ponto de Fuga, em 1984. Em 1986, cria o cenário de Pedra, a Tragédia, de Mauro Rasi, Miguel Falabella e Vicente Pereira. No ano seguinte, assina cenário e figurinos de Heliogábalo, o Anarquista Coroado, de Antonin Artaud, 1987. Em seguida, trabalha como figurinista em A Verdadeira História de AhQ, de Cristoph Hein, e no show Marisa - Cantando na Praia, ambos em 1988, e como figurinista e cenógrafo em Nossa Senhora das Flores, de Jean Genet, com direção de Maurício Abud, 1989.
Em 1991, faz A Divina Comédia, coreografia de Regina Miranda sobre a obra de Dante Alighieri, Bodas de Fígaro, de Mozart, ambos como cenógrafo e figurinista, Os Negros, de Jean Genet, e 60 e Over, de Elisa L. e W. Costa, ambos como cenógrafo e sob a direção de Maurício Abud. No ano seguinte, cria os figurinos e cenários de A Fúria do Corpo, de João Gilberto Noll, e Esperando Godofredo, 15 Anos Depois, de Bráulio Tavares; assina os cenários de A Desordem, coreografia de Regina Miranda, Grupo Tábula Rasa, coreografia de Henrique Schuller, e O Circo da Solidão, de Márcio Vianna, cobrindo de barro todo o palco do Centro Cultural Banco do Brasil; faz os figurinos de Colombo, de Michael de Guelderode, As Mil e Uma Noites, de Karen Acioly, em que funde referências Orientais e Ocidentais, e A Trupe da Macumba Modernista Contra o Bumba Meu Boi Modernista, de Gilberto Gawronski. Em 1993, faz a cenografia Anatol, Contos de Amor e Sedução, de Arthur Schnitzler, com direção de Luiz Armando Queiroz, e, em 1994, assina os figurinos de Lamartine II, o Resgate, texto e direção de Antonio De Bonis. Em cinema, faz a direção de arte de Carlota Joaquina, a Princesa do Brasil, de Carla Camurati, 1994.
Sobre a cenografia de Burgos em O Circo da Solidão, concepção e direção de Márcio Vianna, escreve João Carlos Pedroso: "Na linha de cenários pouco convencionais que dominaram a cena em 1991, o diretor não fez por menos. Convocou Tadeu Burgos - indicado para o Prêmio Shell por seu trabalho em As Mil e Uma Noites. Com assessoria da artista plástica Celeida Tostes, Burgos colocou nada menos que dez toneladas de barro e muita chuva no palco - o processo de montagem é semelhante aos das casas de pau a pique. E o impacto visual é garantido".1
Notas
1. PEDROSO, João Carlos. O 'Arrastão' Da Cultura. Rio de janeiro, O Globo, Segundo Caderno, 31 de dezembro de 1991.
Espetáculos 32
Fontes de pesquisa 6
- ALBUQUERQUE, Johana. Tadeu Burgos. (ficha curricular) In: _________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
- Beatriz Segall de volta a São Paulo em Emily. Palco e Platéia, São Paulo, ano 0, julho de 1985. Não catalogado
- FONTA, Sérgio. [Currículo]. Enviado pelo artista em 2011. Não Catalogado
- PEDROSO, João Carlos. O 'Arrastão' Da Cultura. Rio de Janeiro, O Globo, Segundo Caderno, 31 de dezembro de 1991.
- Programa do Espetáculo - Emily - 1984. Não catalogado
- Tramas das Mil e Uma Noites. Rio de Janeiro, O Globo, Segundo Caderno, 23 de novembro de 1991.
Como citar
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TADEU Burgos.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa359269/tadeu-burgos. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7