Esther Leão
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Retrato de Esther Leão
Esther Leão
Acervo Cedoc/FUNARTE
Texto
Esther Leão (Lisboa, Portugal 1892 - Rio de Janeiro RJ 1971). Diretora e professora. Integrante do Teatro do Estudante do Brasil, orienta os alunos nas técnicas de interpretação, além de dirigir vários espetáculos nesta e em outras companhias, marcando presença no teatro brasileiro dos anos 40 e 50.
Dirige seu primeiro espetáculo, Os Romanescos, de Edmond Rostand, no Teatro do Estudante do Brasil, TEB, e, em seguida, Leonor de Mendonça, de Gonçalves Dias (1823 - 1864), em 1939. No ano seguinte, dirige O Jesuíta, de José de Alencar. Ainda em 1940, é convidada pela companhia de Eva Todor para dirigir Feia, de Paulo de Magalhães. Em 1941, dirige dois espetáculos no TEB - Dias Felizes, de Claude-Andre Puget, e 3.200 Metros de Altitude, de Julien Luchaire. Em 1945, no Teatro Universitário - TU, dirige Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Em 1947, na Companhia Alma Flora, assina Seremos Sempre Crianças, de Paschoal Carlos Magno. No ano seguinte, volta ao TEB, onde encena Inês de Castro, de Antônio Ferreira. Em 1949, participa do Festival Shakespeare, organizado pelo TEB, montando Romeu e Julieta e Macbeth. No mesmo ano dirige, para o Teatro Universitário, A Dama da Madrugada, de Alejandro Casona, e O Pai, de August Strindberg, e, em 1950, Quebranto, de Coelho Neto. Ainda em 1950, dirige, no Teatro de Arte, Alegres Canções na Montanha, de Julien Luchaire, e Surpresas de Uma Noite de Núpcias. Em 1951, rende a Jaime Costa a medalha de ouro da Associação de Críticos Teatrais de melhor ator, dirigindo-o no papel principal de A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller. Na primeira metade da década de 50, leciona interpretação no Teatro Duse.
A autora e crítica Maria Jacintha, contemporânea de Esther Leão, registra sua importância: "Vista na faixa do pitoresco, de suas contradições, de tipo humano diferente, de seu trabalho, Esther Leão ficou viva, no registro de nossa memória e do nosso respeito. Mais viva, porém, ficou no legado de ensaiadora ao teatro brasileiro. Entre todos os atores que, vindos dos anos 40 e 50, hoje são figuras de primeiro plano, poucos são os que não passaram por suas mãos - e muitos são os que, rigorosamente, se iniciaram com ela, no Teatro do Estudante do Brasil, no Teatro Universitário, na Escola de Teatro do Ministério da Educação, no Teatro de Arte do Rio de Janeiro. Além de ter tido influência na formação de muitos outros, surgidos na primeira fase do TEB; vindos de Escolas de Teatro, ou de grupos estudantis organizados em ginásios, foi a primeira mestra dos estreantes Cacilda Becker, Fernanda Montenegro, Nathália Timberg, Vanda Lacerda, Glauce Rocha, (...) - uma lista que, à simples citação de nomes, é suficiente para situá-la, do ponto de vista da formação de atores, como talvez a figura responsável pelo novo teatro brasileiro, fortalecido pelo sangue novo dos jovens que iam chegando".1
Notas
1. JACINTHA, Maria. Presença de Esther Leão. Dionysos, Rio de Janeiro, n. 23, p. 33. set. 1978.
Obras 1
Espetáculos 52
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7/3/1940 - 4/4/1940
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Fontes de pesquisa 4
- GUERINI, Elaine. Nicette Bruno & Paulo Goulart: tudo em família. São Paulo: Cultura - Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. 256 p. (Aplauso Perfil). 792.092 G932n
- MAGALDI, Sábato; VARGAS, Maria Thereza. Cem anos de teatro em São Paulo (1875-1974). São Paulo: Senac, 2000.
- Teatro do Estudante do Brasil, Teatro Universitário e Teatro Duse. Dionysos, Rio de Janeiro, n. 23, set. 1978. Edição especial.
- VARGAS, Maria Thereza. Notas fornecidas sobre Esther Leão. São Paulo, maio de 2002.
Como citar
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ESTHER Leão.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa349645/esther-leao. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7