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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Henrique Oliveira

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 15.01.2024
06.09.1973 Brasil / São Paulo / Ourinhos
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural

Sem Título, 2005
Henrique Oliveira
Acrílica sobre mdf
185,00 cm x 235,00 cm

Henrique de Souza Oliveira (Ourinhos, São Paulo, 1973). Pintor, artista multimídia. A obra de Henrique Oliveira transita entre diferentes linguagens. Esse trânsito – ora em instalações monumentais, ora em bidimensionais – revela de comum o apreço pela investigação elementos formais da pintura, como forma, pincelada, paleta.

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Henrique de Souza Oliveira (Ourinhos, São Paulo, 1973). Pintor, artista multimídia. A obra de Henrique Oliveira transita entre diferentes linguagens. Esse trânsito – ora em instalações monumentais, ora em bidimensionais – revela de comum o apreço pela investigação elementos formais da pintura, como forma, pincelada, paleta.

Forma-se em comunicação social em 1996, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e, em 2004, em pintura, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Em 2005, recebe o prêmio Visualidade Nascente, do Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma). Dois anos depois, torna-se mestre em poéticas visuais, pela ECA, cujo projeto recebe bolsa de estudos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As obras de Henrique Oliveira, em diferentes meios, não respeitam uma ordem cronológica de substituição de uma poética por outra, pois ele as produz simultaneamente, mas sempre preocupado com questões próprias da pintura. Um tipo de pintura que aparenta ser uma colagem de pinceladas diversas, compostas de sentidos e cores variados, que muitas vezes se sobrepõem. Elas remetem à abstração informal, mas não deixam a impressão da pintura gestual – o gesto do artista é medido, planejado. Várias também são as maneiras de se pintar, tendo como resultado estampas quase abstratas. Oliveira é um pesquisador da técnica e do material. Esta apreensão se dá tanto em suas obras como em seu trabalho de mestrado, intitulado Pintura e linguagem pictórica: técnicas e materiais na arte contemporânea brasileira (2007), em que o artista pesquisa as propriedades das tintas e a possibilidade de utilização de restos de madeira.

Na série de instalações Tapumes, iniciada em 2003, o artista prossegue sua discussão sobre pintura como linguagem. A série consiste em pedaços ou lascas de madeira justapostas e sobrepostas, de cores variadas ou mesmo sem cor, desgastadas pelo tempo – é uma composição de reaproveitamento. O artista subverte a função original dos tapumes – geralmente erguidos para que construções inacabadas não sejam vistas –, expondo exatamente o que foi feito para esconder. Algumas obras dessa série, elaboradas para locais específicos, apresentam relevos rugosos que se projetam da base. Em outras, o artista cria volumes inchados que, com três metros de altura, tocam o teto dos espaços onde são expostos, como se os tapumes planos tivessem sido inflados.

Tapumes transforma-se na série Túnel, na qual as obras se tornam tridimensionais. Por criarem salas e galerias, lembram cavernas e provocam o olhar do observador, que é atraído por suas reentrâncias. Os restos de madeira reaproveitados ainda estão lá, mas a superfície plana foi deixada para trás. A série Nuvem, de 2007 e 2008, é constituída por um aglomerado de colchões e travesseiros presos entre si e suspenso no ar. O interesse pelas cores e texturas está presente mais uma vez, mas dessa vez são volumes justapostos e sobrepostos de maneira mais fragmentada, sem criar volumes compactos.

Henrique Oliveira compõe desse modo seu repertório extremamente dinâmico, no qual o observador é conduzido e imerso em suas explorações do espaço, forma e da própria arte.

Obras 1

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Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural

Sem Título

Acrílica sobre mdf

Espetáculos 1

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Exposições 36

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Mídias (1)

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Henrique Oliveira - Enciclopédia Itaú Cultural
A pintura é a base da criação de Henrique Oliveira. Até mesmo suas instalações e esculturas partem de questões pictóricas. “É tudo baseado na concepção da pintura como campo expandido. A gente pode se referir a esse trabalho como uma pintura tridimensional ou uma escultura de parede”, diz o artista sobre as peças em madeira que integram sua pesquisa pictórica, de obras como Xilonoma Chamusquius e Xilempasto. Para ele, essa série de trabalhos não se encaixa em nenhuma categoria específica das artes plásticas. “É um trabalho que vai nos entremeios, está em um lugar indefinido. Não é escultura nem pintura. Está em uma espécie de limbo”, diz o artista. Já a sua pintura propriamente dita trata da imagem bidimensional. “Ela está sempre nessa tensão entre os procedimentos de composição da superfície, como a pincelada, a tinta despejada na tela, e a imagem”, conclui.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 4

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  • AMADO, Guy. Tapumes ou uma poética do avesso. Mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (folheto). São Paulo: CCSP, mar. 2006.
  • MONACHESI, Juliana. O pulso da pintura contemporânea. Bien'art. São Paulo, abr. 2006.
  • Programa do Espetáculo: B - Encontros com Caio Fernando de Abreu - 2006. não catalogado
  • ROCHA, Rafael Campos. Sobre a obra de Henrique Oliveira. Henrique Oliveira. Disponível em: [http://www.henriqueoliveira.com/texto3.html]. Acesso em: 15 out. 2008.

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