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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Marcius Galan

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.10.2023
30.09.1972 Estados Unidos / Indiana / Indianápolis
Registro fotográfico Douglas Garcia

Sino, 1998
Marcius Galan
Vidro e aço

Marcius Monteiro Galan (Indianápolis, Estados Unidos, 1972). Artista plástico. Cresce em Bauru, São Paulo. Forma-se em artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1997. Durante a graduação, recebe o prêmio Michelangelo de Pintura, em 1995, e participa do projeto Outdoor na galeria Luisa Strina, em São Paulo, em 1996. No fim d...

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Biografia

Marcius Monteiro Galan (Indianápolis, Estados Unidos, 1972). Artista plástico. Cresce em Bauru, São Paulo. Forma-se em artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1997. Durante a graduação, recebe o prêmio Michelangelo de Pintura, em 1995, e participa do projeto Outdoor na galeria Luisa Strina, em São Paulo, em 1996. No fim da década de 1990, é convidado para integrar o Ateliê 3, da artista Dora Longo Bahia (1961) e dos curadores Eduardo Brandão (1957) e Felipe Chaimovich (1968) e também trabalha como produtor no Paço das Artes.

Em 2004, promove oficinas no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). De 2005 a 2010, é produtor na MTV. Reside durante seis meses na Cité des Arts, em Paris, no ano de 2006. No ano seguinte, passa três meses no Art Institute de Chicago com a bolsa Iberê Camargo. Realiza exposições coletivas como Em Torno do Corpo, no Itaú Cultural, em 1999, e Os Primeiros Dez Anos, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, em 2011. Em 2012, recebe o Prêmio Investidor Profissional de Arte (Pipa) e participa do programa de residência Gasworks, em Londres, Inglaterra, em 2013. Apresenta exposições individuais como Área Útil, Área Comum, na galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro, e Geometric Progression, Inside the White Cube, em Londres, em 2013.

Análise

Utensílios cotidianos e linhas geométricas são elementos recorrentes na obra de Marcius Galan, cujos espaços criados subvertem algumas relações tradicionais do público com a arte e com instrumentos do dia a dia. Uma obra exposta em 1998, por exemplo, apresenta um sino cujo badalo não consegue encostar nas paredes. Descolado do seu lugar de uso, o sino construído por Galan se torna incapaz de produzir sons. Efeito semelhante ocorre com o rodo, as cadeiras e os tijolos que compõem a instalação Projeto Isolante, de 2007. Envoltos por fita amarela de plástico, comumente conhecida para isolar espaços que não podem ser adentrados, os objetos se tornam inúteis.

Na instalação Seção Diagonal, realizada em 2008, o artista pinta as paredes, o teto e o chão de um canto do museu com tinta verde clara, cujo efeito proporciona ao público sensação de que há uma grande parede de vidro, por trás da qual não há nada exposto. Ao se aproximar, o espectador adentra a suposta vitrine e descobre que ela é apenas ilusão de ótica.  A proposta sugere relação de desconfiança com os espaços criados, cuja solidez e grandeza são apenas falsas percepções do olho. Com objetos arrancados de seus lugares funcionais e espaços geométricos cuja matéria-prima é o vazio, os trabalhos de Galan convidam à contemplação de coisas sem finalidades práticas e a uma nova relação do corpo nos espaços das galerias e museus.

Obras 1

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Registro fotográfico Douglas Garcia

Sino

Vidro e aço

Exposições 100

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Mídias (1)

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Marcius Galan - Enciclopédia Itaú Cultural
Marcius Galan nasce nos EUA e chega ao Brasil antes de aprender a falar e ler inglês. Graduado em 1997 em Educação Artística na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, desenvolve outras linguagens com Nelson Leirner e Dora Longo Bahia, seus professores. O design e a arquitetura formam a base intuitiva de seu trabalho. Tudo começa em um caderno, com desenhos compulsivos sem um aparente sentido lógico, que depois ganham forma em esculturas, instalações, fotografias e colagens: “O desenho, para mim, está sempre inacabado”, explica ele. Talvez isso determine a liberdade com que compõe suas obras, que questionam os instrumentos de representação a partir de objetos comuns, algumas vezes destituídos de suas funções ou impossibilitados de exercê-las – caso da instalação Projeto Isolante, de 2007, em que cadeiras, bancos e tijolos são agrupados e isolados do público por uma fita de plástico amarela.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Como citar

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