Marcius Galan
![Sino, 1998 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/013302041399.jpg)
Sino, 1998
Marcius Galan
Vidro e aço
Texto
Biografia
Marcius Monteiro Galan (Indianápolis, Estados Unidos, 1972). Artista plástico. Cresce em Bauru, São Paulo. Forma-se em artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1997. Durante a graduação, recebe o prêmio Michelangelo de Pintura, em 1995, e participa do projeto Outdoor na galeria Luisa Strina, em São Paulo, em 1996. No fim da década de 1990, é convidado para integrar o Ateliê 3, da artista Dora Longo Bahia (1961) e dos curadores Eduardo Brandão (1957) e Felipe Chaimovich (1968) e também trabalha como produtor no Paço das Artes.
Em 2004, promove oficinas no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). De 2005 a 2010, é produtor na MTV. Reside durante seis meses na Cité des Arts, em Paris, no ano de 2006. No ano seguinte, passa três meses no Art Institute de Chicago com a bolsa Iberê Camargo. Realiza exposições coletivas como Em Torno do Corpo, no Itaú Cultural, em 1999, e Os Primeiros Dez Anos, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, em 2011. Em 2012, recebe o Prêmio Investidor Profissional de Arte (Pipa) e participa do programa de residência Gasworks, em Londres, Inglaterra, em 2013. Apresenta exposições individuais como Área Útil, Área Comum, na galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro, e Geometric Progression, Inside the White Cube, em Londres, em 2013.
Análise
Utensílios cotidianos e linhas geométricas são elementos recorrentes na obra de Marcius Galan, cujos espaços criados subvertem algumas relações tradicionais do público com a arte e com instrumentos do dia a dia. Uma obra exposta em 1998, por exemplo, apresenta um sino cujo badalo não consegue encostar nas paredes. Descolado do seu lugar de uso, o sino construído por Galan se torna incapaz de produzir sons. Efeito semelhante ocorre com o rodo, as cadeiras e os tijolos que compõem a instalação Projeto Isolante, de 2007. Envoltos por fita amarela de plástico, comumente conhecida para isolar espaços que não podem ser adentrados, os objetos se tornam inúteis.
Na instalação Seção Diagonal, realizada em 2008, o artista pinta as paredes, o teto e o chão de um canto do museu com tinta verde clara, cujo efeito proporciona ao público sensação de que há uma grande parede de vidro, por trás da qual não há nada exposto. Ao se aproximar, o espectador adentra a suposta vitrine e descobre que ela é apenas ilusão de ótica. A proposta sugere relação de desconfiança com os espaços criados, cuja solidez e grandeza são apenas falsas percepções do olho. Com objetos arrancados de seus lugares funcionais e espaços geométricos cuja matéria-prima é o vazio, os trabalhos de Galan convidam à contemplação de coisas sem finalidades práticas e a uma nova relação do corpo nos espaços das galerias e museus.
Obras 1
Sino
Exposições 100
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31/5/1996 - 22/6/1996
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14/5/1999 - 12/6/1999
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17/8/1999 - 12/9/1999
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21/8/1999 - 17/9/1999
Mídias (1)
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
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MARCIUS Galan.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa27218/marcius-galan. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7