Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Caio Reisewitz

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.10.2022
25.04.1967 Brasil / São Paulo / São Paulo

Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, 2005
Caio Reisewitz
Fotografia

Caio Christian Reisewitz (São Paulo, São Paulo, 1967). Fotógrafo. Forma-se em comunicação visual pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em 1989. No início dos anos 1990, viaja para a Alemanha, e freqüenta a Escola Superior de Artes de Darmstadt. Entre 1992 e 1997, estuda na Johannes Gutenberg-Universität Mainz, em Mainz, Alemanha, especia...

Texto

Abrir módulo

Caio Christian Reisewitz (São Paulo, São Paulo, 1967). Fotógrafo. Forma-se em comunicação visual pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em 1989. No início dos anos 1990, viaja para a Alemanha, e freqüenta a Escola Superior de Artes de Darmstadt. Entre 1992 e 1997, estuda na Johannes Gutenberg-Universität Mainz, em Mainz, Alemanha, especializando-se em fotografia. Retorna a São Paulo em 1997. Recebe os prêmios de aquisição do 4º e do 6º Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA), em 1997 e 1999, e o Prêmio Sérgio Motta, em 2001. Publica o livro Periferia, pela Galeria Brito Cimino, em 2002. Em 2004, expõe na 26ª Bienal Internacional de São Paulo e, em 2005, participa do pavilhão brasileiro da 51ª Bienal de Veneza com fotografias que retratam a arquitetura brasileira barroca e contemporânea.

Análise

O fotógrafo Caio Reisewitz explora em sua produção as relações entre registro documental e arte, e também entre espaço político e estético. Apresenta inicialmente registros arquitetônicos e paisagens urbanas, que revelam grande estranheza, e também imagens cotidianas, que sugerem narrativas.

Na produção realizada entre 2003 e 2005 registra principalmente interiores de edifícios e paisagens como a Serra do Mar ou a represa de Guarapiranga, em São Paulo. Utiliza câmeras de grande formato para que as cópias, de quase três metros de largura, possam ter grande definição. Fotografa constantemente em dias nublados, obtendo uma luminosidade esmaecida e maior nitidez dos detalhes. Utiliza a perspectiva central e a luz neutra, evitando a presença de sombras e recusando a dramaticidade. Algumas paisagens são transfiguradas pela instabilidade da luz, como Guarapiranga III (2003).

Sua obra dialoga constantemente com a própria história da arte ao evocar a produção de pintores viajantes e fotógrafos paisagistas que atuaram no país durante o século XIX, retratando a monumentalidade das matas. Revela predileção por lugares nos quais não há a presença humana, embora essa possa ser percebida no registro da paisagem.

Algumas imagens de autoria de Reisewitz solicitam o questionamento em torno da degradação do meio ambiente, como Bertioga I ou Sapopemba I (ambas de 2003), que apresentam respectivamente uma queimada na Mata Atlântica e o acúmulo de detritos em um lixão em São Paulo. Como nota o fotógrafo Eder Chiodetto (1965), Caio Reisewitz busca neutralizar a tendência ao espetacular na fotografia. O uso da luminosidade despojada resulta em registros que evocam o silêncio e a reflexão.

Obras 23

Abrir módulo
Registro fotográfico arquivo do artista

Autoridade

Site specific
Reprodução fotográfica do artista

Butantã

C-print
Reprodução fotográfica aquivo do artista

Butantã

Fotografia

Exposições 266

Abrir módulo

Exposições virtuais 1

Abrir módulo

Mídias (1)

Abrir módulo
Caio Reisewitz - Enciclopédia Itaú Cultural
As fotografias feitas pelo paulistano Caio Reisewitz estão muito mais ligadas ao processo de pintura de paisagem do que a um tipo de inscrição instantânea e ágil como, por exemplo, o fotojornalismo. Por isso, o artista afirma ser importante descrever o procedimento no qual sua criação ocorre, que inclui etapas como a montagem das câmeras de grande formato e a composição de cenários elaborados no visor do aparelho. O resultado são imagens em grande escala, feitio que, para ele, é favorável à contemplação. Seu trabalho, explica Reisewitz, caracteriza-se pela neutralidade entre o observador e a fotografia. Isso quer dizer que nele não há luzes dramáticas ou um pôr do sol deslumbrante – a exemplo da luminosidade esmaecida da série de paisagens da Serra do Mar, em São Paulo. Com isso, ele realiza o propósito de deixar um campo aberto para que a pessoa interprete o objeto registrado e dê a ele sua própria significação.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 20

Abrir módulo
  • 2º Prêmio Cultural Sergio Motta. São Paulo: Instituto Sergio Motta, [2001?].
  • AFOTODISSOLVIDA. São Paulo: SESC Pompéia, 2004.
  • ARCO das rosas: o marchand como curador. Apresentação José Roberto Aguilar; texto Celso Fioravante; trad. Camila Henman Belchior. São Paulo: Casa das Rosas, 2001.
  • BRITO Cimino 4. Texto Rafael Vogt Maia Rosa. São Paulo: Galeria Brito Cimino, 2002.
  • CHIARELLI, Tadeu (org). Alegoria. São Paulo: MAM, [2002].
  • CHIODETTO, Eder. Reisewitz revigora a ilusão das imagens. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 maio 2005. Ilustrada.
  • ENTRE a fotografia e o desenho. Belo Horizonte: CEMIG Espaço Cultural, 2003.
  • FOTOGRAFIAS no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: MAM, 2002.
  • MAPEAMENTO nacional da produção emergente [2001/2003]: Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. Coordenação curatorial Fernando Cocchiarale et al. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 2002. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • NOVÍSSIMOS 98. Curadoria Eli Sudbrack, Everton Ballardin, Rubens Mano; texto Bernardo Carvalho. São Paulo: Paço das Artes, 1998.
  • POSE detida. Curadoria José Fujocka Neto; texto Ronaldo Entler. São Paulo: Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2001. [24] p., il. color.
  • REDE de tensão: Bienal 50 anos. Curadoria Vitória Daniela Bousso, Maria Alice Milliet, Marili Brandão; tradução Izabel Murat Burbridge, John Norman. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2001. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name3041d4/1.
  • REISEWITZ, Caio. Alles Deutschland - Caio Reisewitz: trabalhos fotográficos. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, s.d.
  • REISEWITZ, Caio. Caio Reisewitz: Goiânia. Goiânia: Museu de Arte Contemporânea de Goiás, 2003.
  • REISEWITZ, Caio. Periferia. São Paulo: Galeria Brito Cimino, 2002.
  • REISEWITZ, Caio. Você Não Está Sozinho. Texto Stella Teixeira de Barros. São Paulo, Galeria Brito Cimino, 2005. 46 p. il. color.
  • RETRATOS do imaginário de São Paulo. São Paulo: FormArte, 2001.
  • RUMOS ITAÚ CULTURAL ARTES VISUAIS. Arte política: isto são outros 500. Curadoria Angélica de Moraes, Vitória Daniela Bousso, Fernando Cocchiarale. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 2000. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • SALÃO DA BAHIA, 4., 1997, Salvador. 4º Salão da Bahia. Salvador: Museu de Arte Moderna da Bahia, 1997.
  • TERRITÓRIO expandido II. São Paulo: Sesc, 2000.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: