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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Takeshi Suzuki

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 02.09.2014
11.11.1908 Japão / Honshu / Tóquio
1987
Takeshi Suzuki (Tóquio, Japão, 1908 - São Paulo, SP, 1987). Pintor, desenhista, engenheiro e arquiteto. Radicado em São Paulo ainda jovem, é o primeiro imigrante japonês a se formar em arquitetura no país, graduando-se em 1933 na Escola de Engenharia do Mackenzie. Começa a pintar regularmente durante a década de 1940. A partir de 1947, participa...

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Biografia
Takeshi Suzuki (Tóquio, Japão, 1908 - São Paulo, SP, 1987). Pintor, desenhista, engenheiro e arquiteto. Radicado em São Paulo ainda jovem, é o primeiro imigrante japonês a se formar em arquitetura no país, graduando-se em 1933 na Escola de Engenharia do Mackenzie. Começa a pintar regularmente durante a década de 1940. A partir de 1947, participa da retomada das atividades do grupo seibi (ou seibi-kai), agremiação de artistas nipo-brasileiros fundada em 1935, cujas atividades foram interrompidas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Ocupa a presidência do grupo por um período de dez anos.

Em 1948, realiza sua primeira mostra individual na capital paulista, na Galeria Domus. Nesse período, participa do grupo dos 15 (ou jacaré), um ateliê coletivo cujas atividades se dissolvem em 1949. Desde sua fundação em 1950, participa dos dez anos de atividades do grupo guanabara, reunido em torno do ateliê de molduras do pintor Tikashi Fukushima (1920-2001), e integra as diversas mostras coletivas do grupo. Nesse período, é convidado a lecionar arquitetura na Universidade Mackenzie. Entre seus projetos de arquitetura, destacam-se o Centro Cultural Brasil-Japão e o Pavilhão Japonês, construído no Parque Ibirapuera para as comemorações do 4° Centenário de São Paulo. Atua também como divulgador do teatro clássico japonês noh, através das atividades do grupo hakuyokai e da Escola Hosho, onde realiza encontros e apresentações regulares. Em 1986, publica o livro Budismo: do Primitivo ao Japonês.

 

Comentário crítico
As pinturas de Takeshi Suzuki estão intimamente conectadas a seu envolvimento em grupos de artistas nipo-brasileiros organizados em São Paulo durante as décadas de 1930 a 1950. A formação de agremiações de artistas de origem imigrante era uma prática já existente na cidade. Foi essa também a forma encontrada pelas gerações de artistas japoneses recém-chegados ao país nesse período para enfrentar as dificuldades de adaptação cultural e a instabilidade financeira. Ligada às atividades desses grupos de artistas nipo-brasileiros, a pintura de Suzuki, em que predominam o retrato e a paisagem (traço comum da produção desses artistas), é fruto da convivência no ateliê e das viagens e saídas organizadas para a pintura em pequenas cidades do interior e do litoral, ou em bairros afastados da capital paulista.

Assim, o artista se distancia dos signos ostensivos da metrópole, como os arranha-céus e as grandes avenidas, e procura a dimensão bucólica das casas simples ou dos pequenos barcos. Mesmo em uma obra que foge dessa tendência, como Viaduto Santo Antônio (1951), não há a imagem da metrópole agitada. Ao contrário, quase não há movimento nas ruas, como num domingo de uma cidade pacata. Semelhante a outras paisagens do artista, os tons seguem uma dominante rebaixada, em que predominam o castanho-claro e o rosa, com algumas notas de cores mais fortes na vegetação. As formas delimitadas por golpes ágeis de linhas pretas, notáveis em Casario (1951) e Autorretrato (1956), configuram ainda outro elemento que Suzuki compartilha com os pintores da geração pioneira de artistas nipo-brasileiros da qual faz parte.

Exposições 35

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Fontes de pesquisa 1

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  • GRUPO Guanabara 1950-1959. Textos de Janeta Zaidman Charatz e Heloisa Maria Pinheiro de Abreu Meirelles. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1992. s.p. il. color.

Como citar

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