Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Dario Barbosa

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 04.04.2017
1880 Brasil / São Paulo / Campinas
13.09.1952 França / Ile de France / Paris

Os Camponeses, 1908
Dario Barbosa
Óleo sobre tela, c.i.d.

Dario Villares Barbosa (Campinas, São Paulo, 1880 - Paris, França, 1952). Pintor. Ao lado de seu irmão gêmeo Mário Villares Barbosa tem aulas de desenho e pintura com Oscar Pereira da Silva (1867-1939), em São Paulo. Em 1901, expõe em conjunto com o mestre e o irmão. Ainda nesse ano, viaja na companhia do irmão a Paris, onde permanece estudando ...

Texto

Abrir módulo

Biografia

Dario Villares Barbosa (Campinas, São Paulo, 1880 - Paris, França, 1952). Pintor. Ao lado de seu irmão gêmeo Mário Villares Barbosa tem aulas de desenho e pintura com Oscar Pereira da Silva (1867-1939), em São Paulo. Em 1901, expõe em conjunto com o mestre e o irmão. Ainda nesse ano, viaja na companhia do irmão a Paris, onde permanece estudando na Académie Julian e na École des Beaux-Arts.

Entre seus mestres estão os pintores Jean-Paul Laurens (1838-1921), Jules Lefebvre (1836-1911) e Robert Fleury (1837-1912). Viaja para a região da Bretanha e a Portugal, pintando diversas cenas campestres. Retorna ao país em 1910, realizando exposição conjunta com o irmão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1912, é contemplado com pensionato do governo paulista, retornando a Paris. No período entre as duas viagens, participa de cinco edições do Salão de Paris. Mesmo afastado, suas obras figuram nas edições de 1911 e 1912 da Exposição Brasileira de Belas Artes, organizadas pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp).

Retorna brevemente ao país em 1916, quando realiza grande mostra em São Paulo e tem o pensionato prorrogado pelo governo. De volta à Europa, viaja para Itália, Portugal e Espanha, além de conhecer o Norte da África e o Oriente Médio. Em 1934, estabelece-se definitivamente em São Paulo. No ano seguinte, recebe medalha de ouro no Salão Paulista de Belas Artes. No mesmo salão, em 1936, é contemplado com o 3º Prêmio de Aquisição pela tela Feiticeiro Sudanês. Lega, em testamento, sua obra para o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, e para a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp).

Análise

A trajetória de Dario Barbosa caracteriza-se pela vasta produção de paisagens e cenas de gênero, além de alguns retratos. O artista aproveita bem o período de formação na Europa, viajando e estudando diferentes tipos de paisagem, costumes e luzes. Nesse período, produz um conjunto de paisagens marinhas, bosques e jardins franceses, casas e mulheres espanholas, além de cenas executadas em sua viagem ao Marrocos, como Porta de Kasbah, Tânger (1919). A maior parte das figuras que retrata são anônimas, caracterizadas como tipos regionais, as quais o artista procura enfatizar dados de vestuário e adereços que possibilitem identificar o lugar a que pertencem.

Adepto da pintura ao ar livre, pratica tanto paisagens clássicas, estruturando a vista a distância, dentro de esquemas convencionais, quanto cenas mais fechadas, exibindo detalhes de bosques, praças, jardins ou mesmo a movimentação do artista pelas estreitas ruas marroquinas. De sua produção brasileira, destacam-se paisagens e cenas urbanas de São Paulo e Santos, realizadas possivelmente depois de seu retorno definitivo à capital paulista, assim como o retrato do pintor e escritor Theodoro Braga (1872-1953). Nessa obra, é possível notar a pincelada vibrante, manchada e espessa, característica do estilo do artista. Outro dado interessante desse quadro é que escapa às características usuais de composição desse tipo de pintura. O modelo aparece como em um flagrante, surpreendido enquanto trabalha em seu estúdio. Assim como em algumas de suas cenas urbanas, o pintor procura inserir o observador na cena, como que o convidando a participar do instante de vida ali captado.

Obras 3

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Marroquina

Óleo sobre tela

Exposições 50

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 16

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • Catálogo Semana Euclidiana. São José do Rio Pardo: Casa Euclidiana, 1964.
  • DESTAQUE DO MÊS. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1982.
  • DESTAQUE DO MÊS. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1984.
  • DEZENOVEVINTE: uma virada no século. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1986.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • PINACOTECA do Estado - São Paulo. Apresentação de Fábio Magalhães. Texto de Aracy Amaral. Rio de Janeiro: FUNARTE; São Paulo: Secretaria Estadual de Cultura, 1982. (Museus brasileiros, 6).
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A Paisagem na Coleção da Pinacoteca. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo: catálogo geral de obras. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988.
  • Pinacoteca Circulante. Campinas: Teatro Municipal de Campinas, 1964.
  • SALÃO PAULISTA DE BELAS ARTES, 18., 1953, São Paulo. 18º Salão Paulista de Belas Artes. São Paulo: Galeria Prestes Maia, 1953.
  • TARASANTCHI, Ruth Sprung. Pintores Paisagistas: São Paulo 1890 a 1920. São Paulo: Edusp: Imprensa Oficial do Estado, 2002.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: