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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Benjamin Parlagreco

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 02.09.2019
1856 Itália / Sicília / Caltanisseta
13.05.1902 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Paisagem Rural, 1900
Benjamin Parlagreco
Óleo sobre tela, c.i.e.
73,00 cm x 50,00 cm

Benjamin Parlagreco (Caltanissetta, Sicília, Itália, 1856 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1902). Pintor e desenhista. Irmão mais velho do esteta Carlo Parlagreco e do pintor Salvador Parlagreco (1871-1953), também atuantes no Brasil nos séculos XIX e XX. Na Itália, cursa a Academia de Belas Artes de Nápoles. Lá, é aluno dos pintores it...

Texto

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Benjamin Parlagreco (Caltanissetta, Sicília, Itália, 1856 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1902). Pintor e desenhista. Irmão mais velho do esteta Carlo Parlagreco e do pintor Salvador Parlagreco (1871-1953), também atuantes no Brasil nos séculos XIX e XX. Na Itália, cursa a Academia de Belas Artes de Nápoles. Lá, é aluno dos pintores italianos Domenico Morelli (1826-1901) e Filippo Palizzi (1818-1899). Chega ao Rio de Janeiro em 1895. Em 1896, realiza mostra individual na capital carioca, no atêlie de J. Gutierrez (1859-1897), levando-a também para Petrópolis e São Paulo. Expõe nove obras no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) de 1897. Em 1898, apresenta trabalhos no Salão Nobre do Constructor e, no mesmo ano, apresenta as obras Cabeça e Carmem, conquistando a medalha de ouro de terceira classe no SNBA. Expõe novamente no SNBA nos anos de 1899, 1900 e 1901, com sete, 13 e 14 obras, respectivamente. Falece em 1902, aos 46 anos. Postumamente, quatro de seus trabalhos são expostos no Salão de 1902: Autorretrato; Em Demanda do Curral; Estábulo e Vegetação Brasileira.

Análise

Benjamin Parlagreco tem papel importante na representação do interior brasileiro no fim do século XIX. Chega ao Brasil já maduro, aos 39 anos, com predileção por temas regionais, em especial a pintura de paisagem e de cenas rurais.

Na Itália, já demonstra preferência pelos temas cotidianos, seguindo os passos de um de seus professores, Filippo Palizzi, cujo interesse pela vida rural e simples é evidente. 

Recebe formação de ideal classicizante na Academia de Nápoles, mas Parlagreco atualiza a forma de pintar, empregando pinceladas rápidas. É provável que esse traço não seja herança impressionista, mas derivado de experiências desenvolvidas pelo grupo italiano conhecido como I Macchiaioli (termo que remete à palavra macchia, “mancha” em italiano). O grupo, antes dos franceses, também busca a captação da luz e a cor natural.

A pintura Na Roça é um exemplo que sintetiza boa parte da produção do artista. O desenho bem-acabado contrasta com o preenchimento mais solto, e toda a obra se estrutura em diagonais que convergem para o lado direito. As figuras representam o ambiente interiorano pobre: intercalam-se animais e humanos, dispostos na diagonal mais baixa, eixo da ação.

Essa obra, assim como outras de Parlagreco, aproxima-se das representações do artista ituano Almeida Júnior (1850-1899), contemporâneas a ela. A inclinação pela temática realista faz que ambos os artistas sejam apontados como responsáveis pela popularização do tema rural brasileiro.

Obras 5

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Auto-retrato

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini

Na Roça

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Paisagem Rural

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini

Piteiras

Óleo sobre papelão
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Velha Fazenda

Óleo sobre tela

Exposições 28

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Fontes de pesquisa 25

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
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  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • BAECHLER, Dominique-Edouard. Pintura acadêmica, obras primas de uma coleção paulista, 1860-1920: paisagem. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1982.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DEZENOVEVINTE: uma virada no século. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1986.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • GUANABARINO, Oscar. Artes e artistas. O Paiz, Rio de Janeiro, 1 set. 1899. p. 2. p. 2
  • JORNAL DO COMMERCIO, Rio de Janeiro, 1 set. 1898. p. 4
  • JORNAL DO COMMERCIO, Rio de Janeiro, 15 set. 1895. p. 2
  • JORNAL DO COMMERCIO, Rio de Janeiro, 8 set. 1895. p. 2
  • JORNAL DO COMMERCIO, Rio de Janeiro, 9 set. 1895. p. 1
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • O OLHAR italiano sobre São Paulo. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1993. , il. p&b. color.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A Paisagem na Coleção da Pinacoteca. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. Dezenovevinte: uma virada no século. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1986.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. Pinacoteca: 100 anos. São Paulo: Prêmio, 2005.
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944.
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  • SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA CULTURA. Pintores Italianos no Brasil. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Cultura/Sociarte, 1982.
  • TARASANTCHI, Ruth Sprung. O olhar italiano sobre São Paulo [catálogo de exposição]. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1993.
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