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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Felipe Cohen

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 15.05.2023
05.10.1976 Brasil / São Paulo / São Paulo
Felipe Cohen (São Paulo, São Paulo, 1976). Desenhista e escultor. Em 2000, gradua-se em desenho e escultura pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), São Paulo. Durante a faculdade, trabalha no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Em 2001, é selecionado para o Programa de Exposições do CCSP, o que lhe vale sua primeira participação em coletiva...

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Biografia
Felipe Cohen (São Paulo, São Paulo, 1976). Desenhista e escultor. Em 2000, gradua-se em desenho e escultura pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), São Paulo. Durante a faculdade, trabalha no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Em 2001, é selecionado para o Programa de Exposições do CCSP, o que lhe vale sua primeira participação em coletiva. Nesse período, integra a cooperativa de artistas Olho Seco e, em 2002, faz individual na galeria criada pelo grupo em São Paulo, a 10,20x3,60. No mesmo ano, participa da mostra de abertura do Espaço Virgílio, atual Galeria Virgílio, em São Paulo, onde realiza individuais em 2004, 2006 e 2008. Faz outras individuais no Centro Universitário Maria Antônia (Ceuma), de São Paulo, em 2006, e participa do Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2008-2009. Em 2009, realiza mostras nas galerias Marília Razuk e Anita Schwartz, respectivamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. É premiado na mostra Fiat Brasil, de 2006. Em 2009, ganha o prêmio Banco Espírito Santo, na SP Arte, e seu trabalho passa a integrar a coleção da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_). Em 2010, obras suas são apresentadas como projeto individual na Arco_Madrid.

Análise
O trabalho de Felipe Cohen lida com tensões. Em sua obra, sob uma unidade formal altamente precisa, há sempre conflitos latentes entre materiais nobres e cotidianos, entre as noções de limite e expansão, continente e conteúdo, tradição e modernidade. Seu objetivo é atualizar simbolicamente a forma de tratar questões existenciais. Em Copo (2004), um copo de vidro de requeijão contém mármore de Carrara. A princípio, este último é mais importante, seja na história da arte, seja na hierarquia dos materiais: ele não precisa do seu continente. Entretanto, está dele e, por isso, vira líquido, como se pudesse derramar, caso o copo quebrasse. A contaminação dos materiais é parte do trabalho do artista e remetem à simbologia da transfiguração. Nos Desenhos Brancos (2002-2008), as linhas traçadas com grafite fazem sulcos no papel e algumas áreas são preenchidas por pigmentos de um outro tipo de branco, gerando tensão. Na série Meio Dia (2008), a sombra das abas de caixas de papelão é materializada por granito preto. A luz, elemento forte na religião e na história da arte, é simbolizada pelo seu contrário, a sombra. Há uma inversão e o material humilde novamente tem preponderância sobre o mais nobre. Essas nuances fazem transcender os aspectos físicos dos trabalhos e permitem, por um instante, transformar as tensões em unidade.

Espetáculos 1

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Exposições 59

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Mídias (1)

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Felipe Cohen - Enciclopédia Itaú Cultural
Felipe Cohen avalia que sua obra começa a ganhar uma identidade mais forte a partir de 2001, após sua participação no Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo. Até então, avalia, sua produção está presa a influências e questões formais. Para ele, a passagem de uma dessa fase mais “formal” para outra fase, simbólica, se dá de forma inconsciente, mas tem um marco em sua produção: a obra Copo, um copo de vidro com mármore carrara esculpido dentro. “É a primeira vez que eu trabalho com clareza esse conflito entre uma tradição, um material que já tem uma carga simbólica, e esse objeto do mundo, mais ordinário, que é o copo de vidro”, conta. Seu processo de criação começa no papel, com o desenho do projeto e definição de material e técnicas que serão empregadas. “Tem materiais complicados de trabalhar, que você não consegue resolver na hora. Precisa muito do projeto”, diz.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 16

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  • Arte pela Amazônia. São Paulo: Base 7, 2008. 118 p.
  • BIENAL NACIONAL DE SANTOS, 10., 2006, Santos, SP. 10ª Bienal Nacional de Santos: artes visuais. Santos: Prefeitura Municipal, 2006.
  • COHEN, Felipe. Duas vontades. Texto José Augusto Ribeiro. São Paulo: Galeria Virgílio, 2006. 1. f. dobrada.
  • COHEN, Felipe. Felipe Cohen. Texto Tiago Mesquita. São Paulo: Galeria Virgílio, 2004. 1 f. dobrada.
  • COHEN, Felipe. [Currículo]. Enviado pelo artista em 5 de abril de 2010.
  • FELIPE COHEN. Portfólio do artista. Disponível em <http://picasaweb.google.com/felipecohen76>.
  • FRADKIN, Eduardo. Depois de duas coletivas, Felipe Cohen estreia individual no Rio e também cresce em São Paulo. O Globo, Rio de Janeiro, 12 jul. 2009. Rio Show. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/rioshow/mat/2009/07/07/depois-de-duas-coletivas-felipe-cohen-estreia-individual-no-rio-tambem-cresce-em-sao-paulo-756688578.asp>.
  • GALERIA VIRGILIO. A gravidade e a graça: de 11 set. a 04 out. 2008, Galeria Virgilio, São Paulo, 2015. Disponível em: < http://www.galeriavirgilio.com.br/exposicoes/0809.html >.
  • Galeria Marília Razuk. Currículo do artista. Disponível em <http://www.galeriamariliarazuk.com.br/artistas_cont.php?id_artist=72#>.
  • PRÊMIO Atos Visuais Funarte 2007-2008. Distrito Federal: Funarte, [2008?]. 76 p.
  • ROCHA, Rafael Campos. Corpo presente: exposição de Felipe Cohen. Novos Estudos, São Paulo, n. 70, p. 253-256, nov. 2004.
  • Reportagem na íntegra: Felipe Cohen. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, 5 dez. 2008. Disponível em <http://iberecamargo.org.br/content/revista_nova/reportagem_integra.asp?id=272>.
  • SALÃO DE ARTE DE RIBEIRÃO PRETO, 26, 2001, Ribeirão Preto, SP. 26º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional - Contemporâneo. Ribeirão Preto: Museu de Arte de Ribeirão Preto - Marp, 2001.
  • SP Arte. São Paulo: São Paulo Arte Eventos Culturais, 2007. 152 p.
  • Sérgio Sister, Julia Nenonen & Miklos Gaál, Estela Sokol, Felipe Cohen, Mariana Chama. São Paulo: Centro Universitário Maria Antônia, 2006, 12 p.
  • Trilhas do desejo. São Paulo: Itaú Cultural: Senac, 2009. 379 p.

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