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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Arnaud Julien Pallière

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 23.10.2024
1784 França / Aquitânia / Bordeaux
27.11.1862 França / Aquitânia / Bordeaux
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Dom Pedro de Alcântara, 1830
Arnaud Julien Pallière, Dom Pedro II
Óleo sobre tela, c.i.e.
Acervo do Museu Imperial/IPHAN/MiNC (Petrópolis, RJ)

Arnaud Julien Pallière (Bordeaux, França, 1784 - Bordeaux, França, 1862). Pintor, desenhista, litógrafo, decorador, professor. Estuda retrato e pintura histórica em Paris, em 1805. Participa do Salão de Paris em 1808, 1810 e 1814. Chega ao Rio de Janeiro em 1817, no mesmo navio que traz a princesa Maria Leopoldina (1797 - 1826). Nesse ano, a ped...

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Biografia

Arnaud Julien Pallière (Bordeaux, França, 1784 - Bordeaux, França, 1862). Pintor, desenhista, litógrafo, decorador, professor. Estuda retrato e pintura histórica em Paris, em 1805. Participa do Salão de Paris em 1808, 1810 e 1814. Chega ao Rio de Janeiro em 1817, no mesmo navio que traz a princesa Maria Leopoldina (1797 - 1826). Nesse ano, a pedido de dom João VI (1767 - 1826), pinta vários panoramas das províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 1818, desenvolve um plano para a urbanização da cidade da Vila Real da Praia, hoje Niterói, Rio de Janeiro. Atua como professor de desenho na Real Academia Militar. Segundo alguns historiadores, o artista faz as primeiras litogravuras no Brasil, na Oficina do Arquivo Militar. Pinta o primeiro Panorama da Cidade de São Paulo (visto do rio Tamanduateí), em 1821. No ano seguinte, casa-se com a filha do arquiteto Grandjean de Montigny (1776 - 1850), integrante da Missão Artística Francesa. Realiza vários retratos, entre eles o da imperatriz dona Amélia de Leuchtenberg (1812 - 1873), em 1829, a pedido do imperador dom Pedro I (1798 - 1834). Retorna à França em 1830.

Análise

O pintor francês Arnaud Julien Pallière vem ao Brasil em 1817. Nessa época já é um pintor experiente, tendo participado dos Salões de Paris de 1808, 1810 e 1814, sendo membro das academias da França, Bélgica e Holanda.

O artista estabelece seu ateliê no Rio de Janeiro. No começo da década de 1820, é incumbido por dom João VI (1767 - 1826) de realizar pinturas de vistas de cidades nas províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 1821, pinta um amplo panorama de Vila Rica, atual Ouro Preto, e ainda algumas vistas de São Paulo, que constituem importantes representações dessas cidades no começo do século XIX.

Em Panorama da Cidade de São Paulo, 1821, para o estudioso Pedro Correa do Lago, se confirma o talento do artista, tanto no cuidado com os detalhes, como na escolha dos elementos. Além de representar a arquitetura local, humaniza e enriquece a composição com a apresentação, em primeiro plano, de um grupo de tropeiros em atividade cotidiana.

Pallière realiza ornamentação para eventos festivos na cidade do Rio de Janeiro, sendo autor ainda de um projeto para urbanização da Vila Real de Praia Grande (hoje Niterói). Em sua estada no Brasil, pinta diversos retratos, como o Retrato da Imperatriz Dona Leopoldina, ca.1820 e do príncipe Dom Pedro de Alcântara, ca.1830, onde representa o herdeiro do trono aos quatro anos de idade, brincando com um tambor de regimento, tendo ao fundo o trono imperial, uma alusão ao futuro da criança.

Obras 4

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Reprodução Fotográfica Lew Parella

Vila Rica

Óleo sobre tela

Exposições 22

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Fontes de pesquisa 16

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • AZEVEDO, Valéria Silva Vicente de (org.). Iconografia paulistana em coleções particulares. São Paulo: Sociarte, 1999.
  • BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos viajantes: A construção da paisagem. São Paulo: Metalivros; Salvador: Fundação Emílio Odebrecht, 1994. v.3.
  • BOGHICI, Jean (org.). Missão Artística Francesa e pintores viajantes: França-Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Brasil-França, 1990.
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • BÉNÉZIT, Emmanuel-Charles. Dictionnaire critique et documentaire des peintres, sculpteurs dessinateurs et qraveurs: de tous les temps et de tous les pays par un groupe d´écrivains spécialistes français et étrangers. Nova edição revista e corrigida. Paris: Grund, 1976. 10 v.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • FERREZ, Gilberto. Iconografia do Rio de Janeiro: 1530-1890, catálogo analítico. Rio de Janeiro: Casa Jorge, 2000. 2v.
  • ICONOGRAFIA Brasileira: Coleção Itaú. Organização e textos Pedro Corrêa do Lago. São Paulo: Itaú Cultural; Contra Capa Livraria, 2001.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MARTINS, Carlos (coord. ). Introdução ao conhecimento da gravura em metal. Apresentação Alcídio Mafra de Souza, Irma Arestizábal; prefácio Carlos Martins. Rio de Janeiro : MNBA, 1982. 66 p. il. p. b.
  • MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, São Paulo, SP. O olhar distante. Curadoria Jean Galard, Pedro Corrêa do Lago; assistência de curadoria Mariana Cordiviola; tradução Alain François, Contador Borges, Tina Delia, John Norman, Eduardo Hardman. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • SANTOS, Francisco Marques dos. O ambiente artístico fluminense à chegada da Missão Artística Francesa em 1816. In: Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 5, p. 212-240, 1941.

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