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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Marília Panitz

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 08.08.2024
1958
Marília Panitz Silveira (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 1958). Curadora e professora. Realiza pesquisas, curadorias e coordena instituições e projetos de arte com foco na região Centro-Oeste, promovendo a integração do circuito artístico local com outros territórios do país.

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Marília Panitz Silveira (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 1958). Curadora e professora. Realiza pesquisas, curadorias e coordena instituições e projetos de arte com foco na região Centro-Oeste, promovendo a integração do circuito artístico local com outros territórios do país.

Ainda jovem, aos treze anos, muda-se para Brasília (1971) e gradua-se em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982. No ano seguinte, passa a atuar como professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal. 

Entre 1990 e 1996, estabelece e dirige o Museu Vivo da Memória Candanga. Coordena a revitalização do espaço, alocado nas instalações do antigo Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, e colabora com a criação do acervo da instituição – voltado à construção de Brasília e à relação da cidade com os trabalhadores. Além da experiência na educação básica, também é professora da UnB entre 1999 e 2012, onde ministra disciplinas relacionadas à mediação em arte, estética contemporânea, arte como linguagem e educação do olhar.

Atua como assessora de projetos de artes visuais da Secretaria de Cultura do Distrito Federal (1997), onde coordena importantes iniciativas. Entre elas, destaca-se o Panorama das Artes Visuais no Distrito Federal, que promove um primeiro levantamento da produção descentralizada da cena de Brasília. Em 1998, dirige o Museu de Arte de Brasília (MAB), onde orienta alguns projetos de aquisição de obras para o acervo institucional, como o Prêmio Brasília de Artes Visuais 98 e o Programa de Bolsas de Pesquisa MAB/MinC para jovens artistas.

Desde a inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, em 2000, atua como pesquisadora e consultora de projetos curatoriais e coordena o programa educativo da instituição. Destaca-se seu envolvimento em grandes exposições sobre Brasília, como Brasília – Síntese das Artes (2010), que resgata a história da cidade e sua importância artística desde os anos 1960; e Brasília e o Construtivismo: Um Encontro Adiado (2010), que reflete as relações entre o construtivismo e a construção do Plano Piloto.

Em 2001, defende o mestrado em Teoria e História da Arte na UnB, com pesquisa sobre as escritas da imagem em arte. No mesmo ano, desenvolve projetos curatoriais, com destaque para exposições de artistas brasilienses, como Athos Bulcão (1918-2008), que marca a identidade de Brasília. A mostra Azulejos em Brasília, Azulejos em Lisboa: Athos Bulcão e a Azulejaria Barroca Portuguesa (2013), realizada no Museu Nacional do Azulejo (Lisboa), parte da obra de Bulcão para discutir a influência da azulejaria portuguesa na azulejaria brasileira. Em 100 Anos de Athos Bulcão (2018), com cocuradoria de André Severo (1974), são apresentadas mais de trezentas obras do artista no CCBB de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, refletindo sobre a relação do artista com a azulejaria portuguesa e as parcerias com Oscar Niemeyer (1907-2012) e João Filgueiras Lima (1932-2014). Outra exposição importante para o Centro-Oeste que conta com sua curadoria é Vértice: Coleção Sérgio Carvalho (2015)1 no Centro Cultural Correios de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A exposição apresenta mais de duzentas obras da coleção de Sérgio Carvalho, residente em Brasília desde 1970. Organizada em três segmentos, Panitz realiza a curadoria de Relatos, em que reflete sobre as relações espaço-tempo do homem na história e sua memória.

Em virtude de sua pesquisa curatorial focada no Centro-Oeste, é convidada para integrar projetos em outras regiões do país, cujo escopo é a descentralização do eixo Rio-São Paulo, que concentra o fluxo de artistas e instituições com projeção nacional e internacional. Destaca-se o convite do Sesc Pompéia (São Paulo) para realizar a curadoria da exposição Linhas de Chamada (2012), onde apresenta a obra de artistas brasilienses ligados à história da cidade. Outra mostra importante é Triangulações – Circuito das Artes, apresentada em três edições (2013/2015) nas cidades de Salvador, Brasília, Recife, Fortaleza, Goiânia, Belém e Maceió, em que são apresentadas obras de artistas de diversas regiões do circuito artístico contemporâneo brasileiro, fora do eixo Rio-São Paulo, refletindo e identificando temáticas, técnicas e linguagens comuns e específicas.

Marília Panitz ainda integra diversos júris de editais e concursos, como o Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (2001/2002, 2008, 2010 e 2019); leciona cursos livres, como Afinal, o que é curadoria? no Espaço NAVE (Brasília); e publica artigos em catálogos, periódicos e livros. Na coletânea Sobre Arte e Psicanálise (2002), reflete sobre as relações da teoria psicanalítica com a produção e a crítica de arte; e em Artes Visuais (2017), da Coleção Ensaios Brasileiros Contemporâneos, publicada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), que organiza com Fernando Cocchiarale (1951) e André Severo, reúne ensaios que refletem sobre as mudanças de padrão no pensamento e na crítica da arte contemporânea.

A pesquisa focada na cena artística do Centro-Oeste marca a trajetória profissional de Marília Panitz, que colabora com o desenvolvimento e a consolidação da carreira de artistas de fora do eixo artístico Rio-São Paulo, e contribui ativamente com a pesquisa sobre arte contemporânea brasileira e sua circulação.

Nota

1. Com cocuradoria de Marisa Mokarzel (1949) e Polyanna Morgana (1979).

Exposições 34

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Fontes de pesquisa 7

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