Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Marcelo Buainain

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 13.07.2020
11.12.1962 Brasil / Mato Grosso do Sul / Campo Grande

Carvoeiros do MS nº 03, 1998
Marcelo Buainain
Matriz-negativo

Marcelo Buainain (Campo Grande MS 1962). Fotógrafo. Em 1988, abandona o 5º ano do curso de medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS para se dedicar à fotografia. Inicia a carreira como freelancer das revistas Manchete, Veja, IstoÉ, El Paseante e do jornal Folha de S. Paulo. No fim dos anos 1980, volta-se para questões ambien...

Texto

Abrir módulo

Biografia
Marcelo Buainain (Campo Grande MS 1962). Fotógrafo. Em 1988, abandona o 5º ano do curso de medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS para se dedicar à fotografia. Inicia a carreira como freelancer das revistas Manchete, Veja, IstoÉ, El Paseante e do jornal Folha de S. Paulo. No fim dos anos 1980, volta-se para questões ambientais e realiza ensaios fotográficos sobre o Pantanal Mato-Grossense. Coordena a 1ª e a 2ª Semana Campo-Grandense de Fotografia, em 1988 e 1989. Muda-se para Paris em 1991, transfere-se no ano seguinte para Lisboa, onde colabora em periódicos brasileiros e europeus nas áreas fotográfica e editorial. Desenvolve trabalhos documentais viajando para o Egito, Brasil, Marrocos, Venezuela e Índia a partir de 1997. Em 1998, fotografa os carvoeiros de Mato Grosso do Sul e inicia o ensaio sobre a cultura hindu com o qual recebe o prêmio máximo de fotografia atribuído pela 2ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba e o prêmio fotojornalismo Gold Medal da Society for News Design, Estados Unidos. Retorna ao Brasil no início dos anos 2000, é contemplado com a Bolsa Vitae de Fotografia, em 2001, e faz uma série de fotos da Bahia por encomenda do Centro Português de Fotografia. Em 2004, atua na área de vídeo como produtor do documentário Do Lodo ao Lótus e como roteirista e diretor de Hermógenes. Deus Me Livre de Ser Normal, após ganhar o 2º Concurso DOCTV, promovido pela TV Cultura. É autor dos livros Índia. Quantos Olhos Tem uma Alma, 2000, e Bahia - Saga e Misticismo, 2004.

Comentário Crítico
No ensaio Índia. Quantos Olhos Tem uma Alma, Marcelo Buainain enfoca diversos aspectos da cultura indiana: o khumba mela, a mais importante festividade religiosa do hinduísmo, comemorado a cada 12 anos, rituais funerários no rio Ganges, crianças, mulheres e cenas de trabalho. Muitas das imagens se caracterizam pelo isolamento das figuras e pela predominância de espaços vazios, o que confere clareza e objetividade às informações, além de aludir à idéia de interioridade. A luz natural incide quase sempre lateralmente e com suavidade sobre os corpos enfatizando as texturas. Às vezes, as personagens surgem da escuridão. Esse tipo de luminosidade faz com que algumas fotos ganhem dramaticidade e lembrem pinturas barrocas. Nas cenas de rituais, as escolhas formais do fotógrafo parecem adequadas ao tema, pois o destaque dado aos indivíduos e a delicadeza da luz realçam o caráter sagrado do referente. Essas características fazem com que a fotografia de Buainain extrapole a dimensão de registro e remeta aos conceitos de religiosidade, introspecção e integridade.

A documentação de trabalhadores carvoeiros de Mato Grosso do Sul destaca-se pela clareza das composições e, sobretudo, pela luz diagonal que desenha os corpos com detalhamento. Num dos retratos, um homem segura um forcado em frente ao seu rosto, sendo que a luz brilhante que incide no instrumento ofusca suas feições. A imagem não identifica o sujeito sobrepondo a ele a sua força de trabalho.

Obras 13

Abrir módulo

Exposições 27

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 9

Abrir módulo
  • BIENAL INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA, 3. 2000, Curitiba, PR. 3ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba. Curadoria Orlando Azevedo. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 2000.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA, 3. 2000, Curitiba, PR. 3ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba. Curadoria Orlando Azevedo. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 2000. 700 BF588 3/2000
  • CHIARELLI, Tadeu (org). Alegoria. São Paulo: MAM, [2002]. Não Cadastrado
  • LOBACHEFF, Georgia e BOFFA, Marcelo (Coord.). Fotógrafos e fotoartistas na Coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo: fotografia contemporânea brasileira. Curadoria Georgia Lobacheff. São Paulo: Espaço Porto Seguro de Fotografia, 1999. SPeps 1999/f
  • PAIVA, Joaquim (org.). Visões e alumbramentos: fotografia brasileira contemporânea na coleção Joaquim Paiva. Versão em inglês Katica Szabó, Laura Ferrari. São Paulo: BrasilConnects Cultura & Ecologia, 2002.
  • PAIVA, Joaquim (org.). Visões e alumbramentos: fotografia brasileira contemporânea na coleção Joaquim Paiva. Versão em inglês Katica Szabó, Laura Ferrari. São Paulo: BrasilConnects Cultura & Ecologia, 2002.
  • PAIVA, Joaquim (org.). Visões e alumbramentos: fotografia brasileira contemporânea na coleção Joaquim Paiva. Versão em inglês Katica Szabó, Laura Ferrari. São Paulo: BrasilConnects Cultura & Ecologia, 2002. 770.981 Pj149p
  • PERSICHETTI, Simonetta. Buainaim ganha prêmio máximo na Bienal de Curitiba. São Paulo, 22 set. 1998.
  • PERSICHETTI, Simonetta. Curitiba busca a poética do olhar em sua 2ª Bienal Internacional. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 jul. 1998. Caderno 2, D-6, 7.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: