Sonia Andrade (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1935 - idem, 2022). Artista visual. Nome destacado a partir dos anos 1970 pela postura pioneira em relação à videoarte, a artista cria obras que desafiam lógicas de mercado investindo em experimentos com telas como meio de expressão. 

Suas performances em vídeo são marcadas pela carga poética, pela crítica à crescente ligação com o audiovisual que se populariza na época e pela presença do seu corpo no centro da ação. Apesar da opção pelo vídeo - reconhecendo as vantagens que o imediatismo que esse meio proporciona-, Sonia também se manifesta artisticamente em outras linguagens, como desenho, fotografia e instalação. 

Na 14ª Bienal de São Paulo (1977), envereda para a arte-correio ou arte postal discutindo sobre autoria de obra em trabalho composto por cartões postais oriundos de diversas regiões do país. Durante 15 anos, cria a instalação Hydragrammas (1993) a partir de mais de uma centena de objetos tidos como banais e refletindo sobre as possíveis relações que surgem. A obra é exposta na mostra Sonia Andrade: retrospectiva 1974-1993, no Rio de Janeiro, que traz a público um amplo compilado de sua produção. Obtém reconhecimento internacional e expõe trabalhos em importantes locais na França (Museu do Louvre), Espanha (Museu Reina Sofía), Estados Unidos (Museum of Modern Arte de Nova York) e Portugal (Museu de Arte Contemporânea de Serralves no Porto).