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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Elisa Bracher

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 02.11.2022
02.03.1965 Brasil / São Paulo / São Paulo
Elisa Bracher (São Paulo, São Paulo, 1965). Escultora, gravadora e desenhista. É formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Durante o último ano da faculdade, faz curso de gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935). Em 1989, torna-se professora de desenho e gravura na Faculdade de Artes Plástic...

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Elisa Bracher (São Paulo, São Paulo, 1965). Escultora, gravadora e desenhista. É formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Durante o último ano da faculdade, faz curso de gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935). Em 1989, torna-se professora de desenho e gravura na Faculdade de Artes Plásticas da Faap. Trabalha com gravura, realizando obras abstratas, com leve tendência construtiva, no começo da década de 1990. Em paralelo, inicia a realização de trabalhos tridimensionais em metal. Em seguida, passa a utilizar a madeira em suas obras, optando com freqüência por materiais velhos, desgastados pelo tempo. Já em esculturas monumentais, realizadas entre 1998 e 1999, emprega troncos de madeira. Com o auxílio de uma equipe de marceneiros, retira a casca das toras e as regulariza, por meio de serras, para compor seus trabalhos. Em 1998, a editora Cosac & Naify publica o livro Madeira sobre Madeira, com texto do crítico de arte Rodrigo Naves acerca da sua produção.

Análise
Para o crítico Rodrigo Naves, o esforço para alcançar formas amplas e expansivas parece marcar toda a trajetória de Elisa Bracher. No começo da década de 1990, ela trabalha com gravura, realizando obras abstratas, com leve tendência construtiva. Simultaneamente, desenvolve obras tridimensionais. Como aponta Naves, na série de esculturas de cobre, feitas em 1993, a artista consegue, com mais êxito, transpor para o espaço questões que a mobilizaram na gravura. As peças são compostas de barras de cobre, que, moldadas por maçarico, se tornam meio carcomidas, aproximando-se das obras de Alberto Giacometti (1901 - 1960), embora se abrindo para o espaço.

Em seguida, Bracher trabalha com madeira. Suas obras adquirem nova dimensão com o uso de toras velhas e gastas, o que confere às peças um caráter afetivo. Com as esculturas apresentadas na Galeria Camargo Villaça, em 1997, ela passa a privilegiar o volume dos materiais. Nesses trabalhos, reata certas questões construtivas e cria um jogo entre unidade e multiplicidade, peso e leveza.

Nas esculturas monumentais realizadas entre 1998 e 1999, a artista utiliza troncos de madeira, dos quais retira a casca e os regulariza com serras. Para Naves, há nessas obras uma tensão entre contenção e extravasamento, entre regularidade e instabilidade, que é o elemento fundamental de suas esculturas. Elas retiram sua força de um certo desequilíbrio. São feitos alguns encaixes, mas não ocorre entre as peças um acoplamento sereno. À medida que se contornam suas obras, tem-se a impressão de um permanente reequilíbrio e de um movimento inesperado e original.

Para o crítico, existe um diálogo com as obras de Sérgio de Camargo (1930 - 1990) e de Amilcar de Castro (1920 - 2002), na clareza e determinação das relações que comandam as esculturas de Bracher. Nas esculturas desses três artistas o processo de construção dos trabalhos se revela com clareza ao observador, ainda que com significados diversos.

Exposições 100

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Fontes de pesquisa 3

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  • BRACHER, Elisa. Madeira sobre madeira. Texto Rodrigo Naves. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. 120 p.
  • ELISA BRACHER. Disponível em: [http://www.raquelarnaud.com]. Acesso em: 15 ago 2001.
  • OS 90. Curadoria Lauro Cavalcanti, Ana Maria de Niemeyer, Cláudia Saldanha, Fernando Cocchiarale, Iole de Freitas, Luiz Áquila, Luiz Camillo, Sônia Salzstein, Walter Sebastião. Rio de Janeiro: Paço Imperial/MINc IPHAN, 1999.

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