Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Alexandre Órion

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 07.05.2023
09.08.1978 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural

Máscara [stencil] utilizada na confecção da intervenção Metabiótica 16, 1992
Alexandre Órion
Papel, linha, fita adesiva e tinta

Alexandre Órion Criscuolo (São Paulo, São Paulo, 1978). Artista visual, fotógrafo, ilustrador. Em 2004, forma-se em artes visuais pela Faculdade de Educação e Cultura Montessori (Famec), em São Paulo. Inicia carreira com ilustração e direção de arte para publicações e investiga o grafite e a fotografia, linguagens que depois relaciona em interve...

Texto

Abrir módulo

Alexandre Órion Criscuolo (São Paulo, São Paulo, 1978). Artista visual, fotógrafo, ilustrador. Em 2004, forma-se em artes visuais pela Faculdade de Educação e Cultura Montessori (Famec), em São Paulo. Inicia carreira com ilustração e direção de arte para publicações e investiga o grafite e a fotografia, linguagens que depois relaciona em intervenções urbanas. Na série fotográfica Projeto Metabiótica, iniciada em 2002 e transformada em livro em 2006, Órion registra transeuntes relacionando-se com grafites que produz nos muros da cidade de São Paulo. Utiliza a técnica do estêncil, em preto sobre muro branco. 

Em sua obra, nota-se a influência do artista inglês Banksy (1974), não apenas em relação à poética visual, como também pelo ativismo social e político que provoca. Outras referências declaradas do artista são o hip hop e a cultura do skate.

No Brasil, realiza diversas exposições, como a individual Metabiótica (2004), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e a coletiva Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981-2006 (2007), no Instituto Itaú Cultural. No exterior, participa das exposições Rencontres Parallèles, no Centre d’Art Contemporain de Bass-Normandie, e Amalgames Brésiliens, no musée de l'Hôtel-Dieu, em Mantes-La-Jolie, ambas em 2005, na França. Suas obras fazem parte da coleção Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris, Deutsche Bank, em Nova York, e Centrum Beeldende Kunst, na Holanda, entre outras. 

 

Análise

A cidade é inspiração e suporte para as obras de Alexandre Órion, e fornece matéria-prima para seus trabalhos. Dois anos depois da inauguração do túnel Max Feffer, em São Paulo, o artista nota que as placas amarelas que revestem as paredes laterais do túnel estão cobertas de fuligem. Surge a ideia de Ossário (2006), obra produzida a partir do processo do “grafite reverso”: desenhos de crânios humanos que se revelam pela limpeza seletiva da matéria preta. Durante as madrugadas de duas semanas, o artista trabalha em 300 metros de extensão do túnel. Depois de alguns embates com policiais e agentes de trânsito – embora não haja qualquer dano ao patrimônio público –, a instalação é “apagada” pela prefeitura. A fuligem retirada é utilizada pelo artista como pigmento para suas obras murais em diversos países.

A reorganização estética-ideológica do espaço urbano é mote para o artista evidenciar questões invisíveis, como a da poluição urbana. Polulografia (2009) é uma série de imagens feitas por meio de uma técnica exclusiva de impressão com a fuligem que se desprende de caminhões. Durante sete dias, o veículo carrega uma estrutura metálica adaptada ao escapamento para a fabricação da imagem.

O vínculo entre discurso, técnica e lugar é marca dos trabalhos de Alexandre Órion. A cidade apresenta ao artista seus significados, ao quais ele acrescenta outros com suas intervenções, e essas desaparecem, resultado da constante transformação urbana.

Obras 8

Abrir módulo
Reprodução fotográfica arquivo do artista

Metabiótica 12

Intervenção urbana seguida de registro fotográfico
Reprodução fotográfica arquivo do artista

Metabiótica 14

Intervenção urbana seguida de registro fotográfico
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural

Metabiótica 16

Intervenção pictórica [tendo a cidade como suporte] seguida de registro fotográfico
Reprodução fotográfica arquivo do artista

Metabiótica 18

Intervenção urbana seguida de registro fotográfico

Espetáculos 1

Abrir módulo

Exposições 11

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 10

Abrir módulo

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: