Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Albano Afonso

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.06.2021
1964 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica Sergio Guerrini/Itaú Cultural

Paraíso, 2001
Albano Afonso
Perfurador sobre fotografia, 3/3
185,00 cm x 231,00 cm
Acervo Banco Itaú

Albano Fernandes Afonso (São Paulo, São Paulo, 1964). Artista visual. Estuda na Faculdade de Arte Alcântara Machado (Faam), em Santos, São Paulo. Em 1994 realiza sua primeira exposição individual, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista. No mesmo ano é premiado no 21º Salão de Arte Contemporânea de Santo André e é contemplado co...

Texto

Abrir módulo

Albano Fernandes Afonso (São Paulo, São Paulo, 1964). Artista visual. Estuda na Faculdade de Arte Alcântara Machado (Faam), em Santos, São Paulo. Em 1994 realiza sua primeira exposição individual, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista. No mesmo ano é premiado no 21º Salão de Arte Contemporânea de Santo André e é contemplado com o prêmio aquisição do Museu de Arte Contemporânea de Santo André. Em 2006 a editora Dardo, de Santiago de Compostela, Espanha, lança um livro sobre o artista.

Análise

Impossível evitar a sensação de corrosão suscitada pela série Viagem à Selva Tropical, de Albano Afonso, exposta em 1999 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Seu procedimento consiste em perfurar repetidamente reproduções em fotografia digital de pinturas da autoria de mestres como Rugendas (1802-1858) e Thomas Gainsborough (1727-1788), espalhando círculos vazados pela superfície da obra, revelando assim partes de uma outra imagem posta num segundo plano. O artista não lida, portanto, com nenhum material corrosivo ou abrasivo, porém a certa distância essas superfícies transmitem algo de desgastado, enferrujado, embolorado até.

Essa falsa aparência de decomposição desencadeia uma ambiguidade de sentidos: entre uma crítica à história da arte e uma nostalgia em relação a ela. Ao mesmo tempo, opera uma inversão em um dos pares conceituais fundamentais da pintura - profundidade e superfície. Afonso escolhe reproduzir obras pictóricas que têm como preocupação central a reprodução da sensação de profundidade, via recursos de perspectiva.

Ora, ao interferir sobre a imagem dessas obras, perfurando-as, Afonso impõe ao olhar do espectador a superfície plana da obra, logrando evidenciar o que antes era negado, fazendo com que a fonte de emanação de sentidos da obra transfira-se para a superfície concreta, abandonando a intenção ilusionista.

Obras 4

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Sergio Guerrini/Itaú Cultural

Paraíso

Perfurador sobre fotografia, 3/3

Sem título

Fotografia perfurada sobre aluminio [díptico]

Exposições 188

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 13

Abrir módulo
  • 2 x 365 = 4: Albano Afonso, Elias Muradi, Rogério Martins e Sandra Cinto. São Paulo: Fundação Mokiti Okada M.O.A., 1993.
  • AFONSO, Albano. Albano Afonso. São Paulo: Paço das Artes, 2004. 24 p., il. color.
  • AFONSO, Albano. Capela do Morumbi. Fotografia Luis Médice; texto Vitória Daniela Bousso. São Paulo : Casa Triângulo, 1997. folha dobrada, il.
  • ALBANO Afonso, Amilcar Packer, Edouard Fraipont, Jarbas Lopes, Paulo Wihtaker, Pazé, Rosana Monnerat, Sandra Cinto, Sérgio Romagnolo e Vânia Mignone. Ribeirão Preto: MARP, 1999.
  • CANTON, Katia. Novíssima arte brasileira: um guia de tendências. São Paulo: Iluminuras, 2001.
  • CASA TRIÂNGULO (SÃO PAULO, SP), TREVISAN, Ricardo (coord. ). Amanhã, hoje : a Casa Triângulo de 1988 a 1995. Curadoria Maria Izabel Branco Ribeiro; texto Tadeu Chiarelli. São Paulo, 1995. 63 p. :il. p. b. color.
  • DIÁLOGO arte contemporânea Brasil/ Equador. Curadoria Leonor Amarante; apresentação Luiz Felipe Palmeira Lampreia, Fábio Magalhães; curadoria Mary Lou Parra de Hay, Iván Cruz; apresentação Heinz Moeller, Vera Pedrosa. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 2000. [86] p., il. color.
  • IMAGEM não virtual. Curadoria Sérgio Romagnolo; apresentação Sérgio Romagnolo. São Paulo : Casa Triângulo, 1994. folha dobrada il. color.
  • RAZÃO e mistério. Traducao Antonia Maria Coelho. Santo André : Paço Municipal, 1993.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 15. , 1995, Rio de Janeiro, RJ. 15º Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Funarte, 1995.
  • SALÃO PARANAENSE, 52., 1995, Curitiba, PR. 52º Salão Paranaense. Curadoria João Henrique do Amaral. Curitiba: MAC, 1995.
  • SALÃO PARANAENSE, 54., 1997, Curitiba, PR. 54º Salão Paranaense. Curitiba: SEC/Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1997.
  • TREVISAN, Ricardo (Coord.). Amanhã, hoje: a Casa Triângulo de 1988 a 1995. Curadoria Maria Izabel Branco Ribeiro; texto Tadeu Chiarelli. São Paulo: Casa Triângulo, 1995. 63 p., il. p&b color. SPct 1995

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: