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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Brígida Baltar

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 11.10.2022
1959 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
08.10.2022 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural

A Coleta da Neblina, 1998
Brígida Baltar
Fotografia
63,00 cm x 94,00 cm

Brígida Baltar (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1959 - Idem, 2022). Artista multimídia. Partindo frequentemente de ações da própria artista, captadas em fotografias ou em curtos filmes silenciosos, sua obra tem como base a coleta de elementos naturais e transitórios, mobilizando sensação, memória e afetividade.

Texto

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Brígida Baltar (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1959 - Idem, 2022). Artista multimídia. Partindo frequentemente de ações da própria artista, captadas em fotografias ou em curtos filmes silenciosos, sua obra tem como base a coleta de elementos naturais e transitórios, mobilizando sensação, memória e afetividade.

No fim da década de 1980, frequenta a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage). Participa do Grupo Visorama, no Rio de Janeiro. Nessa época, cria a obra Abrigo (1996), em que projeta a forma do seu corpo escavada na parede de sua casa-ateliê, e a série Estrutura (1997), na qual emprega tijolos para compor as obras. 

No projeto Umidades, desenvolvido entre 1994 e 2001, coleta, em recipientes de vidro, elementos naturais e efêmeros, como a neblina, o orvalho e a maresia, em excursões que realiza a locais como a Serra das Araras e a Serra dos Órgãos, ambas no Rio de Janeiro. Em 2002, apresenta, na 25ª Bienal Internacional de São Paulo, a obra Casa da Abelha, inspirada no universo desses insetos, composta de fotografias, vídeos, desenhos e alguns escritos, retratando a si própria com uma roupa confeccionada para o trabalho, baseada no traçado de uma colmeia.

Para o crítico Moacir dos Anjos (1963), nessas coletas a artista explora a memória e a afetividade geradas no evento, como as lembranças de odores, da temperatura, dos sons e até mesmo de sentimentos, como prazer, medo ou melancolia. Entretanto, para o espectador que conhece apenas as imagens fotográficas geradas por esses procedimentos, essas ações parecem se realizar fora do espaço e do tempo, inseridas em uma atmosfera de sonho.

O universo feminino e o da intimidade doméstica estão presentes na obra de Brígida Baltar, que inicialmente utiliza materiais retirados da sua casa, como tijolos, saibro, poeira e cascas de tinta em seu processo de criação. A preferência por esses elementos ou aqueles buscados na natureza, combinada a gestos poéticos e propostas que rondam o intangível, leva o trabalho da artista a atingir efeitos ao mesmo tempo sensíveis e primitivos.

Obras 3

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Frame do vídeo Coletas de Brígida Baltar/Divulgação

Coletas

1 filme em 3 partes + 8 dvds

Espetáculos 3

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Exposições 162

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Exposições virtuais 1

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Mídias (1)

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Brígida Baltar - Enciclopédia Itaú Cultural
Na 25ª Bienal de São Paulo, em 2002, Brígida Baltar apresenta o trabalho Casa de Abelha, uma instalação com fotos, vídeos e ilustrações inspirados no universo desses insetos. “Pensei numa relação entre o mel e a afetividade. Como a casa é, nas histórias e nas cidades, esse centro produtor de afetividade”, conta. Em 2007, ela participa do Panorama da Arte Brasileira, no MAM/SP, com três interferências, que ocupam “cantos” no espaço expositivo e trabalham novamente a ideia de casa e intimidade. O primeiro traz o desenho de um chão feito com pó. “Como se eu estivesse trazendo o chão da casa”, diz. No outro canto, Baltar realiza um desenho de paisagem na parede com o mesmo material, que remete ao tijolo de construção. O terceiro espaço é ocupado por um brocado também composto com pó, que faz referência a um tapete. O trabalho dura apenas o tempo da exposição. “Depois, o desenho se desmancha e volta a ser pó”.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 26

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  • A INFÂNCIA perversa: fábulas sobre a memória e o tempo. Curadoria Marcus de Lontra Costa. Rio de Janeiro: MAM, 1995.
  • APROPRIAÇÕES. Curadoria Ligia Canongia; tradução Jack Liebof. Rio de Janeiro: Joel Edelstein Arte Contemporânea, 1997. 8 p., il.
  • ARCO das rosas: o marchand como curador. Apresentação José Roberto Aguilar; texto Celso Fioravante; trad. Camila Henman Belchior. São Paulo: Casa das Rosas, 2001.
  • ARTISTAS brasileiros na 5. Bienal de la Habana, 1994. Havana: Centro Wifredo Lam, 1994.
  • BALTAR, Brígida. A coleta da neblina 1996-2001. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2001.
  • BALTAR, Brígida. Brígida Baltar. Texto Ricardo Basbaum; versão em inglês Paulo Andrade Lemos. Rio de Janeiro: Galeria Cohn Edelstein, 1997. 1 folha dobrada, il.
  • BALTAR, Brígida. Neblina, orvalho e maresia: coletas. Rio de Janeiro: O Autor, 2001. 112 p., il. color.
  • BERCHT, Fátima. Notas sobre o trabalho. Galeria Nara Roesler. Disponível em: . Acesso em: 20 fev. 2005. Acesso em: 20 fev. 2005.
  • COLEÇÃO Museu de Arte Moderna da Bahia: arte contemporânea. Rio de Janeiro: MAM, 1998.
  • CORCILIUS, Ania. Sem título. Galeria Nara Roesler. Disponível em: http://www.nararoesler.com.br/artistas_txt_p.asp?idartista=19.
  • COTIDIANO/ARTE: O Objeto Anos 60/90. São Paulo: Itaú Cultural, 1999. (Eixo Curatorial 1999).
  • DUARTE, Luisa. O Fio da Trama. Galeria Nara Roesler. Disponível em: http://www.nararoesler.com.br/artistas_txt_p.asp?idartista=19. Acesso em: 20 fev. 2005.
  • GALERIA Nara Roesler: catálogo. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2001. [16] p., il. color.
  • GALERIA de Arte Centro Empresarial Rio 1988. Curadoria Wilson Coutinho. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1988.
  • GALERIA de Arte Centro Empresarial Rio 1988. Curadoria Wilson Coutinho. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1988. RJgacer 1988
  • LAGNADO, Lisette. O processo de fabulação. Galeria Nara Roesler. Disponível em: http://www.nararoesler.com.br/artistas_txt_p.asp?idartista=19. Acesso em: 20 fev. 2005
  • MORRE Brígida Baltar, pioneira da escultura transitória no Brasil, aos 62. Folha de S.Paulo. 9 out. 2022. Ilustrada. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/morre-brigida-baltar-pioneira-da-escultura-transitoria-no-brasil-aos-62.shtml. Acesso em: 10 out. 2022.
  • MOSTRA SESC de Artes: ares & pensares. São Paulo: Sesc, 2002. 111 p., il. color. p.b.
  • POSSÍVEL imagem. Rio de Janeiro: Solar Grandjean de Montigny, 1990.
  • POSSÍVEL imagem. Rio de Janeiro: Solar Grandjean de Montigny, 1990.
  • ROMANCE figurado. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1995.
  • ROMANCE figurado. Texto Frederico Morais. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1995. 20 p. + 19 lâms., il. color.
  • SALÃO NACIONAL VICTOR MEIRELLES, 6. , 1998, Florianópolis, SC. 6º Salão Nacional Victor Meirelles. Curadoria Charles Narloch. Florianópolis: MASC, 1998. Sala Especial Luiz Henrique Schwanke.
  • SEIS artistas na 25ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2002.
  • SOUZA, Jair de (coord.). I Riográfico. Texto Lúcia Rito, Felipe Taborda, Ronaldo Werneck, Zuenir Ventura. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1993. [10] p., il. p&b.
  • WORKSHOP 97: artistas alemães e brasileiros. Curadoria Edgar Filho. Salvador: MAM, 1997.

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