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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Celso Oliveira

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 17.03.2017
27.10.1957 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro

Quem Somos Nós, 1992
Celso Oliveira
Matriz-negativo

Celso de Oliveira Silva (Rio de Janeiro RJ 1957). Fotógrafo. Começa a fotografar em 1975 enquanto trabalha como assistente de laboratório no Estúdio Fotografismo e Artes, no Rio de Janeiro. Em seguida, transfere-se para São Paulo e inicia a carreira de fotojornalista, colaborando em diversos jornais e revistas como Veja, IstoÉ, Visão, Tênis Espo...

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Biografia

Celso de Oliveira Silva (Rio de Janeiro RJ 1957). Fotógrafo. Começa a fotografar em 1975 enquanto trabalha como assistente de laboratório no Estúdio Fotografismo e Artes, no Rio de Janeiro. Em seguida, transfere-se para São Paulo e inicia a carreira de fotojornalista, colaborando em diversos jornais e revistas como Veja, IstoÉ, Visão, Tênis Esporte e O Globo. Em 1980, muda-se para Fortaleza, onde integra a equipe coordenada por Chico Albuquerque (1917-2000) no jornal O Povo e participa do grupo de fotógrafos Dependentes da Luz. Na capital cearense, junto com o fotógrafo Tiago Santana (1966), em 1994, cria a agência e editora Tempo D'Imagem, com o objetivo de desenvolver ensaios documentais e livros de fotografia. Seu trabalho está voltado, sobretudo, para o registro de manifestações culturais e festas populares do Nordeste. Participa de diversas exposições, tanto no Brasil quanto no exterior, entre as quais se destaca o 5º Colóquio Latino-Americano de Fotografia, realizado na Cidade do México, em 1996. No fim da década de 1990, com Santana, Antonio Augusto Fontes (1948), Ed Viggiani (1958) e Elza Lima (1952), desenvolve o projeto Brasil sem Fronteiras, documentando as cidades fronteiriças do oeste do país. O trabalho dá origem a um livro homônimo, lançado em 2001. Oliveira vive entre Fortaleza e Rio de Janeiro, onde mantém uma filial da editora Tempo D'Imagem.

Análise

Celso Oliveira se dedica, sobretudo, a projetos de fotografia documental. Diferente do fotojornalismo diário em que o profissional registra acontecimentos pontuais e não tem controle sobre o que será publicado, o fotodocumentarista escolhe o assunto, aborda-o num tempo alargado e edita as próprias imagens. Com o intuito de afirmar um ponto de vista pessoal, para ele as questões estéticas são tão importantes quanto a representação do referente. O trabalho é visto como uma junção de arte e jornalismo e seu objetivo é quase sempre a realização de livros e exposições. Do ponto de vista histórico, o trabalho de Oliveira se alinha à tradição documental internacional representada pelos fundadores da agência Magnum Photos: Robert Capa (1913-1954), Henry Cartier-Bresson (1908-2004), David Seymour (1911-1956) e George Rodger (1908-1995). Para eles, a fotografia não é um testemunho imparcial, mas uma forma de intervenção social.  Por ela, poderiam revelar realidades pouco conhecidas e denunciar injustiças.

Os principais temas de Oliveira são a cultura popular e as festas religiosas do Norte e Nordeste do Brasil. Em seu trabalho, os enquadramentos e a ordenação dos elementos no plano afastam a fotografia de uma dimensão meramente objetiva. Buscando evitar o imediatismo da mensagem, o fotógrafo frequentemente mostra indivíduos fragmentados, borrados ou encobertos por objetos. Como num desenho inacabado que torna presente algo que não está completo, os desfocamentos e cortes levam o observador a imaginar como são as formas das coisas que estão ocultas.

Obras 12

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Exposições 45

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Fontes de pesquisa 9

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  • BIENAL Fotojornalismo Brasileiro (1990-1995). Curadoria Nelson Aguilar, Agnaldo Farias, Anna Carboncini. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1995.
  • BRASIL sem fronteiras. Texto Claudio Bojunga, Pedro Karp Vasquez, Angela Magalhães, Nadja Peregrino. Rio de Janeiro: Tempo d'Imagem, 2001. 180 p.
  • CARBONCINI, Anna (Coord.). Coleção Pirelli/ MASP de Fotografias: v. 6. São Paulo: MASP, 1996.
  • FERNANDES JÚNIOR, Rubens. Labirinto e identidades: panorama da fotografia no Brasil [1946-1998]. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
  • MUSEU DO CEARÁ. Quem somos nós: fotografia - Tiago Santana e Celso Oliveira. Texto Angela Magalhães, Nadja Peregrino; tradução Thaís Costa. Fortaleza: Museu do Ceará. 20 p., il. p&b.
  • PAIVA, Joaquim (org.). Visões e alumbramentos: fotografia brasileira contemporânea na coleção Joaquim Paiva. Versão em inglês Katica Szabó, Laura Ferrari. São Paulo: BrasilConnects Cultura & Ecologia, 2002.
  • PERSICHETTI, Simonetta. Imagens da fotografia brasileira 2. São Paulo: Estação Liberdade: Senac, 2000.
  • SALÃO ARTE PARÁ, 19., 2000, Belém, PA. Arte Pará 2000 = Arte Pará dois mil: a influência da arte e cultura italianas na arte e cultura do Pará. Curadoria Jussara da Silveira Derenji; tradução Guido Oddenino, Liceu Italiano. Belém: Fundação Romulo Maiorana, 2000. Disponível em: http://www.mediacenterliberal.com.br/pdf/catalogo2000.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020.
  • SOUZA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. Florianópolis; Chapecó: Letras Contemporâneas; Editora Grifos, 2000.

Como citar

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