Foi a partir de uma retrospectiva do alemão Joseph Beuys realizada no museu Guggenheim de Nova York, em 1980, que o gaúcho Saint Clair Cemin mudou sua visão da arte. O impacto da visita leva o então gravurista a se reinventar: “Como eu nasci como artista no meio da arte conceitual, o que começou a sair das minhas mãos não eram desenhos, nem trabalhos com arame ou dobraduras de papel. Passei a trabalhar diretamente com a argila”, explica. O resultado é uma série de objetos realizados na década de 1980 que representam animais e pequenas formas orgânicas. O artista avalia que a matéria-prima é essencial para determinar o que será criado. “Cada átomo do material corresponde a um átomo da peça”, acredita ele. “Acho que todo ser humano é uma espécie de alquimista primitivo. Quando você vê um pedaço de mármore, leite ou sangue, tem uma relação baseada em sua experiência, que você extrapola de outras maneiras.”

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)