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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Bernardo Caro

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 08.03.2022
05.12.1931 Brasil / São Paulo / Itatiba
16.09.2007 Brasil / São Paulo / Campinas
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Telhado, 1978
Bernardo Caro
Óleo sobre tela
100,00 cm x 120,00 cm

Bernardo Caro (Itatiba, São Paulo, 1931 - Campinas, São Paulo, 2007). Pintor, gravador, desenhista, escultor, cineasta, fotógrafo, educador e professor. Muda-se para Campinas em 1933. Atua como professor secundário em diversas escolas estaduais do interior de São Paulo, entre 1954 e 1971. No mesmo ano integra, como gravador, o Grupo Vanguarda, e...

Texto

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Bernardo Caro (Itatiba, São Paulo, 1931 - Campinas, São Paulo, 2007). Pintor, gravador, desenhista, escultor, cineasta, fotógrafo, educador e professor. Muda-se para Campinas em 1933. Atua como professor secundário em diversas escolas estaduais do interior de São Paulo, entre 1954 e 1971. No mesmo ano integra, como gravador, o Grupo Vanguarda, em Campinas.

Coordena, em 1968, o Curso Experimental de Arte Moderna do Museu de Arte Contemporânea de Campinas (Macc). Liga-se, em 1972, à Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), de cujo Departamento de Artes Plásticas foi chefe de 1979 a 1982. Sucessivamente, de 1983 a 1986, dirige o departamento de artes plásticas da Unicamp e, de 1986 a 1989, o Instituto de Artes da mesma universidade.

De 1996 a 2006, atua como vice-cônsul da Espanha para Campinas e região. Nesse período, expõe em diversas cidades espanholas. O Instituto Cervantes, em São Paulo, dedica uma exposição retrospectiva à obra de Bernardo Caro em 2007, pouco depois de sua morte.

Análise

Os trabalhos iniciais de Bernardo Caro, nos anos 1960, concentram-se na xilogravura. A produção desse período reúne exemplos de obras alinhadas com mais de uma tendência. Como observado pelo crítico Mário Schenberg (1914-1990), Caro faz em 1964 uma série de xilogravuras tendendo ao realismo fantástico, mas ainda mostrando afinidade com a geometria, caso de Composição D.

Numa outra série da mesma época, a tendência à fantasia já se desprende da forma geométrica abstrata, enfatizando traços de aparência orgânica, como em Enigmas II e Enigmas III, de 1965. Há, além disso, trabalhos ligados à abstração informal, exemplificados por Gravura VII, de 1966. No fim dos anos 1960 e início da década de 1970, Caro realiza xilogravuras que se ligam à linguagem da arte pop. Algumas misturam cultura de massa e engajamento social, como Homens/Protesto, de 1967.

Outras obras desse grupo tratam de temas voltados à sexualidade e à vida urbana, como Mulheres x Noite (1967) e Parado com Elas (1970). Os primeiros trabalhos de Caro no campo da instalação - que ele denomina conceitual-ambiental - datam também do início dos anos 1970. O Altar e Isolados, ambos de 1971, são exemplos dessa fase.

Durante os anos 2000, realiza uma extensa série de pinturas intitulada Neonlúdio. Nesses trabalhos, figuras de mulheres sugeridas por linhas esquemáticas dividem a tela com cópias de mulheres presentes em obras-primas da história da arte, como Maja Desnuda de Goya, de 2003.

Obras 5

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Carga Latina II

Óleo e lona sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Partida

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Telhado

Óleo sobre tela

Exposições 147

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Fontes de pesquisa 12

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
  • CARO, Bernardo. Bernardo Caro e equipe convívio: sempre. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1975.
  • CARO, Bernardo. Proposições 1964/1986. Organização Berenice Toledo. Campinas: Unicamp. Instituto de Artes, 1986.
  • CARO, Bernardo. Proposições 1964/1986. São Paulo: MAB, 1986.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • GOMES, Eustáquio. Caro, ponto de união entre Espanha e Brasil. Jornal da Unicamp, Campinas, SP, 2007. Disponível em: < http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2007/ju373pag12.html >. Acesso em: 21 nov. 2007.
  • GRUPO Vanguarda de Artes Plásticas de Campinas: 1958 - 1966: registro histórico através de resenha jornalística e catálogos. Campinas: MIS, 1981. (projeto vanguarda).
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • PANORAMA cultural de Campinas - 1995. Campinas: MACC, 1995.
  • SALÃO PARANAENSE, 37., 1980, Paraná, PR. 37º Salão Paranaense. Curitiba: Teatro Guaíra, 1980.

Como citar

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