Geórgia Kyriakakis
Texto
Biografia
Georgia Evangelos de Almeida Kyriakakis (Ilhéus, Bahia, 1961). Artista multimídia. Em 1984, integra o Prêmio Pirelli Pintura Jovem, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Em 1986, forma-se em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo. Entre 1990 e 1996, desenvolve atividades infantis de arte-educação para o Projeto Enturmando, da Secretaria do Menor, e a Oficina das Artes, do clube A Hebraica. Torna-se mestre e doutora em artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 2001 e 2006, respectivamente.
A partir de 1997, leciona na Faculdade de Artes Plásticas da Faap e, desde 2003, no Centro Universitário Belas Artes. Recebe prêmios no Salão Nacional Prêmio Brasília de Artes Plásticas, em 1991; no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC/Niterói), em 2001; e Bolsa Vitae de Artes em 2002. Entre as mostras coletivas, participa de 23a Bienal Internacional, em 1996; Arte-cidade III, em 1997; e Recentes na Coleção, no Museu de Arte Brasileira (MAB/Faap), em 2009, todas na capital paulista. Realiza as exposições individuais Elevações, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), unidade Higienópolis, em 2002, e Forças e Fluxos, em 2006, no Centro Universitário Maria Antonia da Universidade de São Paulo.
Análise
Críticos de arte localizam o início da trajetória de Geórgia Kyriakakis no desenho. Porém, essa técnica deve ser compreendida de maneira ampliada em sua produção e inclui experiências diversas.
Em Desenhos de Verniz (1990), a investigação limita-se ao plano, no qual se produzem manchas e transposições de papel que, auxiliadas pelo verniz, criam translucidez e opacidade. Em Desenhos Espaciais (1993), como o nome indica, o desenho ganha o espaço: folhas são agrupadas, formando objetos apoiados no chão e na parede. Pela disposição, criam serializações que guardam algo de orgânico, devido ao efeito de cera do verniz. Surgem Queimados I e Queimados II, quando as folhas de papel, cobertas com parafina, são transformadas em resíduos pelo fogo e, penduradas, carregam a memória das extintas chamas nas paredes.
A partir dos anos 2000, Geórgia pesquisas a representação da paisagem, embora dê continuidade à trajetória dos híbridos – desenhos que são objetos, que transitam entre a organização estruturada e a expressividade do material escolhido. Títulos apontam para aspectos da geografia e da cartografia – arquipélagos, coordenadas, continentes –, enquanto elementos naturais compõem a representação racionalizada de mapas e projeções cartográficas.
Exposições 72
-
16/5/1985 - 31/5/1985
-
16/9/1986 - 19/10/1986
-
18/10/1990 - 16/11/1990
-
28/2/1991 - 22/3/1991
-
18/9/1991 - 11/10/1991
Fontes de pesquisa 5
- 28o BIENAL Internacional de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal, 1996.
- CHIARELLI, Tadeu. Geórgia Kyriakakis e a arte como resíduo de si mesma. In: CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999. p. 256-258
- ESPELHOS e sombras. Curadoria Aracy Amaral. São Paulo: MAM, Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1994/1995. p. 22-23
- FERREIRA, José Bento. Geórgia Kyriakakis – forças e fluxos. São Paulo: Centro Universitário Maria Antonia da Universidade de São Paulo, 2006.
- PEIXOTO, Nelson Brissac. Arte/cidade: a cidade e suas histórias. São Paulo: Secretaria da Cultura: Marca d’água, 1997.
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
-
GEÓRGIA Kyriakakis.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa10247/georgia-kyriakakis. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7