Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

José Patrício

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 28.03.2017
22.02.1960 Brasil / Pernambuco / Recife
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Sem Título, 1989
José Patrício
Papel artesanal com fibras vegetais, c.i.d.
50,00 cm x 50,00 cm

José Patrício Bezerra Sobrinho (Recife, Pernambuco, 1960). Artista plástico. Freqüenta o curso livre da Escolinha de Arte de Pernambuco entre 1976 e 1980. Gradua-se em ciências sociais pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, em 1982. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual, na Oficina Guaianases de Gravura, em Olinda, P...

Texto

Abrir módulo

Biografia

José Patrício Bezerra Sobrinho (Recife, Pernambuco, 1960). Artista plástico. Freqüenta o curso livre da Escolinha de Arte de Pernambuco entre 1976 e 1980. Gradua-se em ciências sociais pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, em 1982. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual, na Oficina Guaianases de Gravura, em Olinda, Pernambuco, onde é diretor artístico entre 1986 e 1987. De 1994 a 1995, faz estágio no Atelier de Restauration d'Art Graphique, no Musée Carnavalet, em Paris, com bolsa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Participa da 22ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1994. A partir de 1999 utiliza como elemento principal de suas obras peças de dominó agrupadas, com as quais produz mosaicos.

Análise

Na primeira metade da década de 1990, José Patrício começa a produzir composições nas quais utiliza papel artesanal que ele mesmo fabrica. Esses papéis são organizados em módulos quadrados e sobre eles são colocados papéis úmidos que se acomodam e criam formas orgânicas. Assim o artista alia a ordem construtiva a resultados inesperados, obtendo vários resultados formais. Em seguida passa a utilizar objetos prontos, feitos em série, que são conhecidos por seu uso popular e que, deslocados de sua função original, são utilizados por seus aspectos formais. Patrício elabora uma série de trabalhos em que utiliza a cor preta, como as obras com pequenos bebês de plástico, colados em suportes diversos cobertos parcialmente com um preparado de cola e tinta.

Em 1999, começa a usar peças de dominó em suas obras. Assim como no jogo, esses trabalhos obedecem a regras, ao mesmo tempo em que contam com a casualidade. O artista determina essas regras previamente, combinando as peças com base em uma lógica matemática, dada por sua numeração. Essas combinações, de infinitas possibilidades, geram imagens imprevistas, configurando-se ao longo de sua montagem. Nas obras da série 112 Dominós, todas as peças são fixadas sobre madeira e são apresentadas na parede e algumas no chão. Os diversos resultados formais se aproximam das características da pintura. Como desdobramento desses trabalhos, Patrício apresenta, no convento de São Francisco, em João Pessoa, uma instalação incorporando o espaço como parte da obra. Para esse trabalho foram utilizados 180 módulos quadrados de 84 peças cada um, apenas colocados no chão sem fixá-los, num total de 15.120 peças. Essa estrutura é a base de inúmeras montagens da série Ars Combinatória, instalações realizadas entre 2000 e 2005.

Obras 9

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini

Dimensional

3136 peças de dominó de plástico sobre madeira
Registro fotográfico Eupídio Suassuna

Dominós

112 jogos de dominó de plástico (3.136 peças)
Reprodução Fotográfica Iara Venanzi/ Itaú Cultural

Imago Mundi V

Esmalte sobre 7.812 dominós de resina sobre madeira

Exposições 100

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 13

Abrir módulo
  • A COR na arte brasileira. Tradução Elizabeth Herrington. São Paulo : Paço das Artes, 1991. folha dobrada il. p. b. color.
  • A NATUREZA na arte brasileira = Nature in Brazilian art = Die Natur in der Brasilianischen Kunst. São Paulo: Raízes: Volkswagen do Brasil, 1989.
  • AGUILAR, Nelson (org.). Bienal Internacional de São Paulo (22. : 1994 : São Paulo) : Catálogo geral de participantes. Apresentação Edemar Cid Ferreira. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. 438 p. il. color.
  • BEUTTENMULLER, Alberto. José Patrício, artesão, artista e papeleiro. Casa Vogue Brasil. Projeto Pernambuco: estética de resistência, São Paulo: Carta Editorial, 1991. Edição especial.
  • CEARÁ e Pernambuco: dragões e leões. Fortaleza: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, 1998.
  • MAPEAMANTO nacional da produção emergente: 1999/2000. São Paulo : Itaú Cultural: Imprensa Oficial do Estado: Editora da Unesp, 2000. 180 p. il. (Rumos arte visuais).
  • PATRÍCIO, José. Jogos de desarmar. Apresentação Moacir dos Anjos Júnior. João Pessoa: Centro Cultural de São Francisco, 1999. folha dobrada il. p. b.
  • PATRÍCIO, José. José Patrício. Recife: Passárgada Arte Contemporânea, 1990.
  • PATRÍCIO, José. O lugar instável. Tradução Elizabeth Herrington; apresentação Marco Polo Guimarães. Recife: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, 2000. 52 p. il. p&b, color.
  • RUMOS ITAÚ CULTURAL ARTES VISUAIS. Vertentes contemporâneas. Curadoria Angélica de Moraes, Vitória Daniela Bousso, Fernando Cocchiarale. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 1999.(Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • SALÃO DA BAHIA, 6. , 1999, Salvador. 6º Salão da Bahia. Salvador: Museu de Arte Moderna da Bahia, 1999.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 11. , 1989, Rio de Janeiro, RJ. 11º Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Funarte, 1989.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 12., 1991, Brasília, DF. 12º Salão Nacional de Artes Plásticas. Brasília: Museu de Arte de Brasília, 1991.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: