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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Aloísio Magalhães

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.08.2024
05.11.1927 Brasil / Pernambuco / Recife
13.06.1982 Itália / Vêneto / Pádua
Reprodução fotográfica Correio da Manhã/Acervo Arquivo Nacional

Aloísio Magalhães, s.d.

Aloísio Barbosa Magalhães (Recife, Pernambuco, 1927 – Pádua, Itália, 1982). Pintor, designer, gravador, cenógrafo, figurinista. Precursor na área de comunicação visual, integra a geração responsável pela introdução do design moderno no Brasil. Como gestor cultural, sua principal contribuição está relacionada à preservação do patrimônio histórico...

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Aloísio Barbosa Magalhães (Recife, Pernambuco, 1927 – Pádua, Itália, 1982). Pintor, designer, gravador, cenógrafo, figurinista. Precursor na área de comunicação visual, integra a geração responsável pela introdução do design moderno no Brasil. Como gestor cultural, sua principal contribuição está relacionada à preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiros, material e imaterial.

No fim da década de 1940, quando ainda é aluno do curso de direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, Aloísio Magalhães participa do Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), que propõe um teatro popular, com apresentações em praças públicas. Exerce a função de cenógrafo, figurinista e é responsável pelo teatro de bonecos. Recebe bolsa do governo francês para estudar museologia em Paris, onde permanece entre 1951 e 1953. Lá frequenta também o Atelier 17, um laboratório experimental importante na divulgação de técnicas de gravura, e tem aulas com o gravador inglês Stanley William Hayter (1901-1988).

De volta ao Brasil, em 1953, dedica-se esporadicamente à pintura e faz pesquisas em artes gráficas. Participa da fundação do Gráfico Amador, oficina criada por um grupo de intelectuais interessados na arte do livro, realizando experimentações com técnicas de impressão. As edições têm cuidadosa forma gráfica e, entre elas, destaca-se Pregão turístico do Recife (1955), de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), com design e ilustrações de Magalhães.

Em 1956, com bolsa concedida pelo governo americano, viaja aos Estados Unidos, onde se dedica às artes gráficas e à programação visual. Publica, com o artista americano Eugene Feldman (1921-1975), os livros Doorway to Portuguese (1957) e Doorway to Brasília (1959), e leciona na Philadelphia Museum School of Art. Em 1960, volta ao Brasil e se muda para o Rio de Janeiro, onde abre um escritório voltado à comunicação visual, campo no qual é pioneiro no país.

Realiza projetos para empresas e órgãos públicos, criando, entre outros, os símbolos da Fundação Bienal de São Paulo e do 4º Centenário do Rio de Janeiro, seu primeiro trabalho de grande repercussão, espontaneamente reproduzido pela população em vários pontos da cidade. Na criação dos símbolos, Magalhães parte, na maioria das vezes, de uma unidade que é refletida, explorando a tridimensionalidade e a rotação do volume no espaço. Trabalha com design e projeto editorial de livros de arte. Em 1963, colabora na criação da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), onde leciona comunicação visual. Realiza o projeto da cédula do cruzeiro novo, em 1966.

Expõe, em 1972, a série Cartemas – nome dado por Antônio Houaiss (1915-1999) –, que tem como base o cartão-postal, utilizado em colagens que exploram os princípios do múltiplo e do espelhamento. Nessa época, realiza uma série de desenhos de Olinda, com registros da paisagem e da arquitetura, de forma poética.

Aloísio Magalhães é nomeado, em 1979, diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e secretário da Cultura do Ministério da Educação e Cultura, em 1981. Na década de 1980, inicia campanha pela preservação do patrimônio histórico brasileiro. Apresenta propostas especialmente em relação a Ouro Preto e às ruínas de São Miguel das Missões.

Em sua homenagem, a Galeria Metropolitana de Arte do Recife passa a denominar-se Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães, em 1982. Em 1997, o nome da instituição é alterado para Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). No panorama de sua produção plástica e das atividades dedicadas à cultura, Aloísio Magalhães se destaca pela versatilidade artística e, principalmente, pela relevante atuação em relação à política de bens culturais e preservação do patrimônio histórico.

 

Obras 3

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Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural

Salvador Cidade Velha

Cartões-postais sobre lâmina de fórmica
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural

SP Largo do Paissandu

Cartões-postais sobre lâmina de fórmica
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Verde Canavial

Óleo sobre tela

Espetáculos 21

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Exposições 104

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Fontes de pesquisa 16

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ALOISIO Magalhães e o desenho industrial no Brasil. São Paulo: FIESP/CIESP, 1983.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • LEITE, José Roberto Teixeira. 500 anos da pintura brasileira. [S.l.]: Log On Informática, 1999. 1 CD-ROM.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LEITE, João de Souza (org.). A Herança do olhar: o design de Aloísio Magalhães. Rio de Janeiro: Artviva Produção Cultural, 2003.
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1999. São Paulo: Júlio Louzada, 1999. v. 11.
  • MAGALHÃES, Aloísio. Aloísio Magalhaes: pintura e arte gráfica. Rio de Janeiro: MAM, 1958.
  • MAGALHÃES, Aloísio. E Triunfo ? : a questão dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
  • PONTUAL, Roberto. Arte/ Brasil/ hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.
  • PROMESSA e milagre no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Brasília.(Nacional, 34).
  • TRADIÇÃO e ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1984.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

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