O coletivo Frente 3 de Fevereiro tem esse nome porque, nesse dia, em 2004, o jovem dentista negro Flávio Ferreira Sant’Ana foi confundido com um criminoso e assassinado pela polícia de São Paulo. A urgência em denunciar e trazer à tona o debate sobre o racismo policial mobilizou alguns artistas a fundar o grupo. Ao se chamarem de “frente”, esses artistas deixam claro que se trata de uma luta contra muitas opressões e crimes e propõem que a discussão sobre a violência contra pessoas negras seja realizada por toda a sociedade. Onde estão os negros? é o nome de uma série de ações realizadas por essa frente. Em uma delas, uma imensa faixa foi desenrolada pela torcida durante uma partida de futebol com transmissão ao vivo pela televisão. A pergunta escrita na faixa nos leva a questionar: que lugares são ocupados (ou não) pelas pessoas negras nos ambientes onde transitamos? Essas ações se estenderam por outros ambientes com a mesma faixa instalada em fachadas de museus, pontes e pontos de circulação de pessoas em grandes cidades.