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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Fundação Eva Klabin

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.05.2024
1990 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
A Fundação Eva Klabin criada em 1990, tem como finalidade criar e manter um museu e desenvolver atividades culturais, como exposições, ciclos de conferências, cursos, palestras, concertos musicais e publicações. Instalada na antiga residência de Eva Klabin (1903-1991) e de seu marido, o advogado e jornalista, Paulo Rapaport, está localizada na r...

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A Fundação Eva Klabin criada em 1990, tem como finalidade criar e manter um museu e desenvolver atividades culturais, como exposições, ciclos de conferências, cursos, palestras, concertos musicais e publicações. Instalada na antiga residência de Eva Klabin (1903-1991) e de seu marido, o advogado e jornalista, Paulo Rapaport, está localizada na rua Epitácio Pessoa, 2480, à beira da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O imóvel adquirido pelo casal em 1952, passa por uma longa reforma na década de 1960, para melhor abrigar a coleção de arte que Eva Klabin inicia, ainda na adolescência, ao adquirir duas pinturas de paisagem do pintor holandês, do século XVII, Glauber.

A idéia de criar a Fundação nasce do desejo de Eva Klabin - filha do industrial de papel e celulose Hessel Klabin -, de deixar, após sua morte, sua coleção de arte e objetos raros, que datam desde o Egito antigo até o século XIX, à cidade do Rio de Janeiro. Oficialmente inaugurada em 1995, tem o cientista político Helio Jaguaribe (1923-2018) como presidente e o crítico de arte Paulo Herkenhoff (1949) como curador.

A coleção, que ao todo soma mais de mil peças, constitui-se de pinturas, esculturas, mobiliários, tapetes orientais, pratarias e outros objetos de arte decorativa. Comprada aos poucos, de antiquários ou particulares, no Brasil e em várias viagens que realiza pela Europa, Estados Unidos e China, está organizada pela fundação da seguinte maneira: coleção egípcia, coleção greco-romana, coleção italiana - adquirida após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) -, coleção francesa, coleção inglesa - adquirida entre 1952 e 1959, coleção flamenga e holandesa, coleção oriental, coleção pré-colombiana e coleção de artes aplicadas, com objetos de arte decorativa, tecidos e vestuário. As obras não estão expostas por critérios rígidos de classificação, nem cronológicos ou de procedência. Encontram-se dispostas, pelos dez ambientes da casa - Hall principal, Sala Renascença, Sala Inglesa, Sala de Jantar, Sala Chinesa, Hall superior, Sala Verde, Boudoir, Quarto de Dormir  e o Jardim -, de acordo com critérios subjetivos da colecionadora.   

Dentre as obras de pintura do acervo destacam-se pinturas do Renascimento Italiano, como Madona, Menino e São João Batista, atribuída a Botticelli (1444-1510); a Virgem com Menino, de Benedetto de Maiano (1442-1497); do período maneirista, Retrato de Nicolaus Padavinus, de Tintoretto (1518-1594) e do barroco italiano, Meninos Pescando, de Giovanni Francesco Romanelli (1610-1662).

Na Sala de Jantar encontram-se obras de mestres da pintura holandesa e flamenga, do século XVII, como o retrato Magistrado Rodeado de Livros, 1654, de Govaert Flinck (1615-1660). Há ainda uma natureza-morta e algumas paisagens de pintores como Pieter Steenwyck, (s.d.-1654) Willem Dubois, Glauber, Herman Nauwincx, Hercule Segher e Philips Wouwerman.   

Da produção inglesa destacam-se retratos e paisagens do século XVIII. O estudo para o Retrato de Lady Caroline, de Joshua Reynolds (1723-1810); o retrato de Mrs. Williams, née Currie, como Santa Cecília, de Thomas Lawrence (1769-1830); o Retrato de Homem, de Lemuel Francis Abbot (1760-1803); o Retrato de Mr. Critchley, de George Romney (1734-1802); o Retrato de uma Jovem Dama, de John Hoppener (1758-1810) e uma paisagem de Thomas Gainsborough (1722-1788).

Os séculos XIX e XX são representados por duas obras de Nicolas Taunay (1755-1830); o quadro Effet de Neige à Èragny, de Camille Pissaro (1830-1903); o Retrato de Mulher, de Marie Laurencin (1885-1955). Também fazem parte de sua coleção duas telas de Lasar Segall (1891-1957), Lucy na Rede, pintado na década de 1940, e um retrato de Eva Klabin aos 4 anos, com sua mãe, pintado a partir de uma fotografia.  

A Fundação mantém também um jardim cujo projeto paisagístico de Burle Marx (1909-1994) data da reforma do imóvel na década de 1960. Em 2002 o jardim passa por uma intervenção, mas mantém a vegetação, o lago com carpas e o piso de granito do projeto original.

Exposições 37

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Fontes de pesquisa 2

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  • Fundação Eva Klabin. Disponível em: [http://www.evaklabin.org.br]. Acesso em: 15 set. 2006.
  • UNIVERSOS sensíveis: as Coleções de Eva e Ema Klabin. Curadoria Márcio Doctors, Paulo de Freitas Costa. São Paulo: Pinacoteca do Estado; Rio de Janeiro: MNBA, 2004.

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